Investidores portugueses preferem humanos a consultores robô

O Estudo de Investidores Globais da Schroders de 2016 concluiu que, apesar do aparecimento dos consultores robô, os consultores financeiros e as famílias ainda desempenham um papel importante para os investidores portugueses no processo de tomada de decisões.

O Estudo de Investidores Globais da Schroders de 2016, que inquiriu 20 mil investidores finais em 28 países, incluindo 300 em Portugal, revela que, apesar do aparecimento dos consultores robô – ferramentas digitais que fazem perguntas acerca do risco e dos objectivos individuais antes de os investimentos serem efectuados online – os investidores portugueses preferem falar com um humano, de preferência com um consultor financeiro, antes de tomarem qualquer decisão de investimento. A família e os amigos também desempenham um papel importante, conclui-se no estudo.

O estudo mostra que 53% dos investidores portugueses afirmaram que iriam auscultar um consultor financeiro na sua próxima decisão de investimento. E 32% disseram que iriam consultar a família ou amigos, a percentagem mais elevada da Europa a afirmar que o faria. Um número semelhante (29%) disse que iria pesquisar nos sites dos fornecedores de investimentos antes de tomar uma decisão de investimento. Há também quem tenha admitido consultar sites independentes (47%) ou sites de gestão de investimentos (43%).

Apesar de desejarem falar com um consultor financeiro antes de tomar uma decisão de investimento, existe uma discrepância entre aquilo que os investidores portugueses querem dos seus investimentos e aquilo que os consultores financeiros sentem que eles poderão alcançar. Tendem a esperar demasiado dos seus investimentos, e demasiado depressa.

Em média, os investidores portugueses gostariam de ter um rendimento de 8,3%, face a 7,9% na Europa e 9,1% a nível global, e mantêm-se investidos durante menos um ano que os investidores de outros países, com um período de investimento de 2,2 anos, face a 3,3 anos na Europa e 3,2 anos a nível global, em média.