Já há tantos colaboradores em teletrabalho com filhos como sem filhos

Um estudo do “think tank” europeu Bruegel, sobre a utilização do teletrabalho e as suas desigualdades na União Europeia (UE) revela que devido à pandemia COVID-19, a diferença entre os trabalhadores com filhos no seu agregado familiar e os que não têm, desapareceu completamente.

 

O mesmo estudo indica que a nível europeu e nacional a diferença entre os trabalhadores que potencialmente podiam beneficiar do teletrabalho e os que de facto usufruem é praticamente inexistente entre pessoas que têm filhos e não têm filhos.

Em Portugal, antes da pandemia, o potencial de teletrabalho em Portugal era de 30%, sendo que só 13% o fazia. Destes, eram mais os trabalhadores com filhos a fazê-lo.

Já em 2021, eram 13% os trabalhadores que, potencialmente podendo, não estavam em teletrabalho. Uma proporção que é semelhante quando se observa os trabalhadores com filhos (13,1%) e sem filhos (13,8%).

Os dados mostram ainda que em Portugal, 39% dos trabalhadores têm condições para, tecnicamente, realizar funções de forma remotamente, mas apenas 26% dos trabalhadores o fazem.

O estudo baseia-se em dados do inquérito ao emprego do Eurostat onde se acrescentam indicadores próprios com base na literatura científica.

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