Jaba Recordati: Formação no sector farmacêutico

De que forma áreas do conhecimento ligadas à ciência actualizam os seus conhecimentos num contexto em que a novidade é uma constante?

 

A formação é um factor crítico em sectores como o farmacêutico, em que a constante inovação exige uma actualização e partilha de conhecimentos regulares entre os colaboradores. Na JABA Recordati, há muito que esta componente é de grande relevância e a pandemia não mudou isso, ainda que os formatos e as metodologias tenham sido sujeitos a alterações. Ana Porfírio, Human Resources director da JABA Recordati, partilhou com a Human Resources Portugal os pontos essenciais sobre a política de formação na empresa.

 

Como se caracteriza a importância da formação num sector em constante actualização como o farmacêutico?
O sector farmacêutico caracteriza-se pelas suas constantes actualizações, nomeadamente ao nível científico, pelo que o permanente reforço técnico e científico dos nossos profissionais é imperativo.

 

Quais as áreas de maior foco de formação na JABA Recordati?
As áreas de maior foco são Sales, Marketing e Científico. Desde Março de 2020 existe um maior foco nas ferramentas digitais e soft skills.

 

E quais os programas disponíveis?
A formação e desenvolvimento tem o seu início desde o acolhimento e integração dos novos colaboradores, onde é feito um programa de Induction de 15 dias que compreende formação técnica e científica dos produtos da companhia, marketing e vendas e soft skills como High Communication e Digital Sales. O percurso de aprendizagem e desenvolvimento é depois reforçado com on the job training e formação ao longo do ano com grande enfoque nos role play seguidos de sessões de feedback. Temos também a academia Recordati onde, em parceria com universidades, preparamos e adaptamos programas de pós-graduação à realidade e necessidade da empresa para benefícios dos nossos colaboradores. Mais recentemente temos trabalhado com a Sede da Recordati em programas para o N-1 e o N-2, também em parceria com uma das melhores universidades de Itália.

 

Tipicamente, que competências pretendem desenvolver através da formação entre os colaboradores da JABA Recordati?
Investimos tanto em hard como em soft skills de acordo com as necessidades identificadas, com o objectivo de dotar todos os nossos profissionais com as competências e o conhecimento necessários para o desenvolvimento excelente das suas funções e responsabilidades.

 

De que forma a pandemia alterou os programas e planos de formação em matéria de conteúdos, regime e frequência?
“Obrigou-nos” e ainda bem, a focar e dar o salto para o “mais digital”, com a criação de um mindset de digital enquanto facilitador/potenciador ao invés de substituto de força de trabalho. Disponibilizamos muita formação online, muitas dezenas de temas, desde utilização de redes digitais, trabalho remoto, Digital Sales, upskilling digital, gestão de equipas remotas, resiliência, formação científica e lançamento de novos produtos, etc.

 

Estas alterações foram um grande desafio? Quais foram as estratégias para ultrapassá-lo?
São sempre um desafio atendendo à heterogeneidade dos profissionais da companhia. Os níveis de conhecimento e autonomia não são os mesmos, o que obriga a uma proximidade na comunicação e acompanhamento muito intenso de forma a garantir resultados nas aprendizagens. E medir, medir para depois ajustar.

 

A formação online tem limitações importantes em comparação à formação presencial?
Tem, naturalmente. Mas também tem vantagens. Nomeadamente por causa da geografia. Dado que temos profissionais espalhados por todo o Continente e Ilhas, foi uma forma de agregação digital mais periódica e sem máscaras!

 

Além das questões relacionadas com a pandemia, que outros desafios tem a JABA no que diz respeito aos seus programas de formação?
O desafio é não perder o que se investiu e se ganhou em tecnologia, digital, autonomia e gestão. Manter o foco nas vantagens que toda esta aprendizagem nos trouxe e adoptar de forma definitiva estas novas formas e modelos de trabalho.

 

A pandemia teve impacto nos resultados mensuráveis relativos à formação?
Do ponto de vista do investimento, sim, uma vez que para fazer face a tantos e tão diferentes desafios foi necessário investir em formação diversificada.

 

Como é avaliado o sucesso da formação dos vossos colaboradores?
O sucesso da formação é avaliado em resultados alcançados. Em relação à gestão temos feito avaliações pré e pós formação através de resposta a questionários. Estamos ainda a analisar os dados.

 

De que forma a formação impacta o negócio?
Tem que impactar de forma positiva ou não estaremos a fazer as coisas bem feitas. A formação e o desenvolvimento visam capacitar, muscular as competências com vista a melhorar os resultados. Não há outra forma!

 

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Formação”, publicado na edição de Junho (n.º 126) da Human Resources, nas bancas.

Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.

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