Joint-venture da BMW e Critical Software celebra cinco anos com inauguração de novo escritório em Lisboa. Tem capacidade para 1600 pessoas

A Critical TechWorks, uma joint-venture detida em partes iguais pela Critical Software e pela BMW, inaugurou as suas futuras instalações, em Lisboa, com capacidade para 1600 pessoas, disse à Lusa o presidente executivo da empresa.

 

Segundo Rui Cordeiro, CEO da Critical TechWorks, a empresa tinha, inicialmente, dimensionado o escritório com que conta actualmente «para cerca de 600, 700 pessoas em Lisboa e outro tanto no Porto», mas tem vindo a superar as metas a que se propôs inicialmente.

O novo edifício «está planeado para 1600 pessoas», indicou, destacando que a empresa tem neste momento, em Lisboa, 850 trabalhadores, num outro edifício, em Entrecampos.

«Portanto, o edifício vai dar-nos a possibilidade, de nos próximos dois, três anos, duplicar o número de pessoas que temos em Lisboa», adiantou, sem revelar o valor do investimento.

«Esperamos, até o final do ano, em Lisboa, ter cerca de 1000 [pessoas]», destacou Rui Cordeiro, referindo que a empresa espera, nessa altura, em termos globais, contar com 2500 pessoas. «Estamos a crescer a cerca de 500 pessoas por ano, desde que a empresa foi fundada, em Setembro de 2018», adiantou, indicando que esta inauguração coincide com o aniversário do grupo, de cinco anos.

Questionado sobre a facilidade de contratação, Rui Cordeiro disse que «tem sido possível» encontrar trabalhadores, mas reconheceu desafios nesta área. «Eu diria que o mercado tem estado difícil para o recrutamento e para todas as empresas», destacou.

«Não é só a questão de contratar as pessoas de que precisamos, temos também de trabalhar e criar as condições» para as manter e preparar, referiu, destacando que a empresa tem estado a recrutar fora do país e conta neste momento com cerca de 40 nacionalidades.

Rui Cordeiro destacou que esta joint-venture fornece serviços, produtos de software, «para todas as áreas de negócio da BMW, incluindo o desenvolvimento do carro, que se calhar são as mais visíveis e que aparecem mais nos media», mas também «para as fábricas» e «para as áreas de vendas e de serviços pós-vendas».

Rui Cordeiro indicou ainda que a empresa fechou o ano passado com 127 milhões de euros de facturação e prevê «este ano atingir 175 milhões de euros», um crescimento de quase 40%. O CEO da Critical disse que a empresa está «a trabalhar em projectos de condução autónoma que necessariamente envolve a inteligência artificial», bem como «na área da produção».

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