Jovens que seguem ensino superior têm maior facilidade em encontrar emprego e os salários são 42% mais elevados. Mas, como escolher que área seguir?

O “Guia para pais e filhos: como escolher a área de estudos no secundário?” da Fundação José Neves revela que 83% dos jovens que optaram pelo ensino secundário geral prosseguiram os seus estudos para universidades ou politécnicos.

 

O Guia assinala também que os alunos que prosseguem e completam o ensino superior têm vantagens salariais e maior facilidade em encontrar emprego comparativamente com quem opta por não prosseguir os estudos, em média, os salários são 42% mais elevados e a taxa de empregabilidade é superior em 10%.

O  mesmo Guia mostra ainda que quase dois terços dos jovens portugueses optam pela vertente científico-humanística do ensino secundário, em detrimento da via profissional. Os dados relativos ao ano lectivo 2020/2021 demonstram que, dos 308.595 jovens matriculados no secundário, 199.010 frequentavam este tipo de ensino, o que equivale a 64% do total.

Relativamente às áreas mais escolhidas, das quatro disponíveis no ensino secundário geral, a de Ciências e Tecnologias é a opção de mais de metade dos alunos (51,2%). Seguem-se Línguas e Humanidades (27,7%), Ciências Socioeconómicas (13,3%) e Artes Visuais (6,3%).

Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves, faz notar que «a chegada ao secundário pode ser encarada como um momento decisivo na carreira académica dos jovens portugueses» e defende que «obter a melhor informação sobre as opções existentes é fundamental para uma escolha consciente. A consulta deste guia permite quer a estudantes quer a pais o acesso a informação relevante para a melhor e mais adequada decisão sobre uma de duas vias, a científico-humanística e a profissional, com dados sobre o impacto das mesmas no curto e no longo prazo».

Se a via do ensino secundário geral oferece benefícios relativamente ao ensino profissional, o contrário também se verifica, tendo em conta que o segundo concede vantagens na fase inicial da vida profissional.

A via profissionalizante, que inclui vários cursos que preparam os alunos para o exercício de uma profissão, possibilita uma rápida entrada no mercado de trabalho.

Em 2020, 46% dos jovens que concluíram este tipo de cursos estavam a trabalhar 14 meses depois e 18% procuraram activamente trabalho. Uma grande discrepância comparativamente com os estudantes que completaram cursos científico-humanísticos, entre os quais 6% estava a trabalhar e 5% à procura de trabalho ao fim de um ano e dois meses.

A Fundação José Neves deixa neste Guia sete recomendações para ajudar os alunos a decidir de forma consciente:

_ Procurar informação que oriente a torne realidade os objetivos.

_ Não dramatizar a decisão, pois nada é irreversível.

_ Refletir sobre as disciplinas escolares e atividades mais apreciadas.

_ Conhecer as opções disponíveis e os caminhos educativos e profissionais a que cada opção leva.

_ Pedir conselhos, mas pensar pela própria cabeça.

_ Aproveitar o ensino secundário para explorar novas atividades.

_ Considerar investir no ensino superior.

 

O “Guia para pais e filhos: como escolher a área de estudos no secundário?” pode ser consultado na íntegra ou descarregado através deste link.

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