Mais de 80% das empresas portuguesas têm metas definidas para medir progresso da diversidade e inclusão

O estudo “#BreakTheBias – Gender Equity at Work” do ManpowerGroup revela que 78% das empresas nacionais medem regularmente indicadores de paridade entre homens e mulheres.

 

Destas, 57% medem a equidade salarial, 27% analisam o número de profissionais do sexo feminino em posições de gestão e 22% em posições tradicionalmente dominadas por homens. Um total de 18% das empresas acompanham a percentagem de colaboradoras em posições de liderança.No que respeita à diversidade, 74% das empresas revela preocupar-se com esta temática, com 28% a medirem regularmente o número total de trabalhadores, com diferentes origens e percursos que estão em posições de liderança e 19% que se focam na análise da percentagem de mulheres de diferentes origens e percursos que ocupam essas posições.

Conclui-se assim que 85% dos empregadores portugueses acompanham regularmente pelo menos um destes indicadores de paridade e diversidade, sendo nos sectores das Organizações Sem Fins Lucrativos, Banca, Finanças e Seguros, e Construção que as empresas são mais activas, com 100%, 95% e 93%, respectivamente, a demonstrarem maior atenção.Quando questionados sobre se têm definidas metas relativas ao progresso da diversidade e inclusão nas organizações, 85% dos empregadores nacionais respondem positivamente. Mais de metade afirma ter como foco a conquista de salários mais equitativos para homens e mulheres, 30% querem aumentar o número de trabalhadores com diferentes backgrounds e percursos em posições de liderança, e 25% pretendem fazer crescer o número de mulheres em posições de gestão. Mais de 60% das empresas portuguesas refere que quer mesmo alcançar estas metas entre 2022 e 2023.No que respeita ao processo para o conseguirem, a maioria afirma estar a cumprir o seu plano de actuação. No entanto, algumas entidades admitem algum atrasado, nomeadamente no cumprimento de três objectivos centrais: 22% afirmam que estão atrás no que respeita ao plano para aumentar o número de mulheres em posições de liderança, enquanto 21% têm dificuldade em conseguir uma maior equidade salarial entre homens e mulheres, e 20% em potenciar a percentagem de profissionais do sexo feminino em posições de gestão.Relativamente às iniciativas que as organizações estão dispostas a adoptar para se tornarem mais diversas e equitativas, as políticas de trabalho flexível foram as mais indicadas. 32% dos inquiridos dizem já as ter implementado na sua organização, pelo que visam promovê-las, já 28% querem ainda focar-se na sua introdução. Entre as iniciativas mais referidas estão ainda os programas internos de desenvolvimento de liderança, opção de 27% das organizações analisadas no estudo, e o fomento de uma cultura organizacional mais inclusiva, referida por 26%.  O estudo mostra ainda que 94% das entidades definem algum tipo de responsabilização das suas lideranças, relativamente à conquista das metas alcançadas no que respeita às temáticas em análise.

Já 40% deve reportar os resultados alcançados à sua administração, 33% comunicam esses resultados nos relatórios anuais da organização e 31% afirmam reportar a sua evolução a todos os colaboradores. E 24% e 22% dos inquiridos referem ainda a comunicação aos acionistas e a própria pressão social que é feita às organizações, respetivamente.Os dados do estudo ““#BreakTheBias – Gender Equity at Work” foram extraídos de um questionário realizado a 516 empresas portuguesas de vários sectores de atividade e zonas do país.