Mais de metade das empresas em Portugal afirma ir fazer alterações no espaço de trabalho

De acordo com o Survey sobre Trabalho Flexível, realizado pela consultora Mercer a empresas portuguesas, 65% admite que a pandemia foi o principal factor que desencadeou a adesão ao trabalho remoto/flexível. Mas trouxe mudanças para ficar.

 

O estudo indica também que cerca de 57% das empresas questionadas referiu que a eficiência é também impulsionador (business driver) para este formato de trabalho e 48% considera a agilidade e também a mobilidade como elementos-chave para a introdução do trabalho flexível na sua empresa.

Quando questionadas sobre qual o impacto da COVID-19, numa escala de 1 (mínimo) a 10 (máximo), na implementação do trabalho flexível, 66% das empresas seleccionou oito ou mais. Destas, 32% escolheu o rate mais alto, 10. Adicionalmente, 23% das empresas menciona que a pandemia alterou completamente os seus planos relativamente à introdução de medidas relacionadas com o trabalho flexível.

Segundo os resultados deste estudo sobre Trabalho Flexível, 57% das empresas inquiridas assume ter planos para fazer alterações no espaço de trabalho, nos próximos meses; e 88% pretende que esta mudança inclua uma transição para espaços mais flexíveis, com uma dinâmica mais ágil ou mesmo virtuais.

Cerca de três em cada 10 empresas (31%) que pretendem esta mudança, têm preferência por espaços mais flexíveis; e 43% prefere um local de trabalho que seja mais ágil.

As empresas participantes destacam também que o foco da introdução da flexibilidade, independentemente da situação de pandemia, são as pessoas, nomeadamente a promoção do seu bem-estar (86%) e do equilíbrio vida pessoal e profissional (62%). No entanto, as empresas assumem também a importância estratégica da flexibilidade, considerada como uma peça chave na retenção (56%) e na atracção de talento (35%).

Neste contexto, muitas empresas referem ter já no local de trabalho espaços recreativos, como salas de jogos ou de gaming (31%), salas de lactação (17%) ou serviços de lavandaria (10%).

O Survey de Flexibilidade da consultora Mercer foi realizado entre Abril e Maio e contou com a participação de 102 empresas em Portugal dos mais diversos sectores (sendo os mais representativos Serviços (não financeiros) (19%), High Tech (17%) e indústria (12%)) e dimensões (a maioria, 63%, tem menos de 500 colaboradores).

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