Mais de metade dos gestores de PME estão confiantes no crescimento nos próximos três anos

Apesar do período de instabilidade que os mercados enfrentam, as pequenas e médias empresas (PME) estão confiantes no crescimento nos próximos três anos, com mais de 50% dos gestores a perspectivar um crescimento significativo entre 10 a 30%. Estes são alguns dos principais resultados do primeiro Barómetro Heróis PME, lançado pela Yunit Consulting, que visou a participação de mais de 200 PME.

 

Como efeito da pandemia, 69,6% dos gestores de PME revela que a sustentabilidade se tornou num tópico mais importante para a sua empresa e a relevância da avaliação e gestão de risco aumentou em 26,8% face ao período pré-pandemia.

A transformação digital foi outra das áreas que ganhou preponderância neste contexto. O estudo mostra que 50,7% dos gestores afirma que a pandemia acelerou a digitalização e 62,7% reconhece que a adopção de uma estratégia de transformação digital tem influência na vantagem competitiva da sua empresa.

É possível apurar também que as empresas começaram a dar maior importância ao plano de continuidade de negócio (aumentou 22,6% para 84,8%) e à importância de estabelecer parcerias de negócio (94,5%).

Por outro lado, os gestores identificam a organização e melhoria de procedimentos, a eficiência produtiva e o desenvolvimento de novos produtos/processos como principais áreas onde existe mais margem de melhoria do desempenho das suas empresas.

Entre os principais factores que contribuíram para enfrentar os desafios de mercado actuais, 95,8% dos gestores salientam a capacidade de adaptação e empenho dos colaboradores. concordando também que a sua empresa saiu fortalecida no contexto pandémico (69,7%).

Destaque ainda para o interesse dos gestores em incentivos financeiros (87,1%), como o programa Portugal 2020/2030 ou o PRR, entre outros. Muito superior ao interesse em financiamento bancário (64,1%) ou fundos de investimento (apenas 51,2%).

No que diz respeito aos benefícios fiscais, a grande maioria dos gestores afirma que nunca tirou partido. Entre os quais se incluem Benefícios Contratuais ao Investimento Produtivo – BFCIP (78,8% responderam não), Regime Fiscal de Apoio ao Investimento – RFAI (65%) ou Benefícios fiscais aplicáveis aos Territórios do Interior (88,5%).

Este barómetro, que teve como objectivo apurar o sentimento das PME portuguesas face à recuperação no futuro próximo, inquiriu 217 empresas PME de norte a sul do país e ilhas, tendo por ponto de partida quatro factores distintivos das PME portuguesas no contexto desafiante pós-pandemia: capacidade de adaptação/flexibilidade, capacidade de inovar, a qualidade do produto/solução que as empresas oferecem e o talento humano.

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