Mudanças nos escalões do IRS podem significar um reembolso menor. Para evitar (ou atenuar) receber menos dinheiro, garanta que faz uma coisa
A mudança da retenção na fonte do IRS a partir de Julho poderá agora traduzir-se num reembolso menor ou em imposto a pagar, sublinha a Deco, que aconselha os contribuintes a verificarem bem as facturas para minimizar este efeito.
Numa altura em que o início da entrega da declaração anual do IRS entra em contagem decrescente, Soraia Leite, porta-voz da Deco Proteste, avisa que o facto de as tabelas de retenção na fonte, alteradas em Julho de 2023, «terem dado um alívio imediato na carteira dos contribuintes, agora poder-se-á fazer pagar em sede da entrega da declaração de IRS».
Este contexto, diz, faz com que o processo de verificação e validação das facturas com despesas dedutíveis ao IRS tenha ganhado este ano ainda mais relevância, com a responsável da associação de defesa do consumidor a aconselhar os contribuintes a verificarem se o valor das deduções calculado pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) — que ficou disponível no Portal das Finanças em meados deste mês — engloba a totalidade das facturas com NIF e a recusarem-no ou reclamarem se constatarem que há facturas em falta.
O contribuinte «deve fazer espelhar» as deduções quando entrega a declaração de IRS, «para minimizar o impacto das alterações das tabelas de retenção na fonte».
Havendo falhas nas despesas com casa, educação, saúde ou lares, «quando o contribuinte estiver a preencher o IRS», a partir de 1 de Abril, «deve apagar o valor pré-preenchido e substituir pelo valor correcto», refere Soraia Leite, assinalando que tudo ajuda a minimizar o imposto a pagar.
Já a ausência de facturas das despesas gerais familiares ou das que permitem deduzir ao IRS parte do IVA suportado em sectores como restaurantes, ginásios, oficinas e cabeleireiros deve ser reclamada junto da AT até ao final deste mês.