Não gosta do que faz e quer mudar de emprego? Antes, leia (atentamente) o conselho do CEO de uma empresa de recrutamento

Se está a planear procurar um novo emprego este ano, há boas hipóteses de conseguir algo com salário mais alto, oportunidades mais interessantes e melhores condições de trabalho. Mas ao planear as vantagens de um possível novo emprego, também deve considerar as desvantagens, aconselha a CNBC Make It.

 

Comece por analisar os aspectos que não gosta no seu actual emprego e por que razão quer sair. Será uma boa prática para garantir que não acaba num local novo exactamente com os mesmos problemas, sugere Tom Gimbel, CEO da empresa de recrutamento LaSalle Network.

«Creio que, muitas vezes, as pessoas concentram-se no que gostam» em relação a uma nova oportunidade, diz Gimbel e acrescenta que «os profissionais não saem da empresa por causa do que gostaram no início. Devemos ser realistas». As pessoas deixam os seus empregos por algo que não gostam na empresa, na liderança, no ambiente, na cultura ou não têm as competências suficientes.

O alerta de Tom Gimbel surge num momento em que os colaboradores estão a analisar como o trabalho se enquadra nas suas vidas pessoais e revelam que nunca se sentiram tão infelizes.

Para o CEO, as elevadas expectativas podem ser parcialmente culpadas: «Chegámos a um ponto em que os colaboradores acham que têm de adorar todas as partes do seu trabalho. E isso, além de ridículo, é impossível.»

Em vez disso, Gimbel aconselha a «ser honesto consigo mesmo sobre o que não gosta» para saber o que evitar. Também sugere pensar em cenários hipotéticos, como resolver problemas em condições pouco ideais, como gerir o seu manager ou aprender uma competência para tornar o seu trabalho mais fácil. Dessa forma, se estas situações surgirem na sua próxima função, terá um melhor controlo sobre como lidar com elas.

Por fim, diz Gimbel, «pergunta mais genérica que as pessoas devem fazer é se querem um emprego ou uma carreira. Querem fazer o mínimo possível e ganhar o máximo possível? Ou querem ser desafiados e crescer com a aprendizagem?».

Ambas são perfeitamente aceitáveis, diz Gimbel: «A assunção de que todos queremos crescer, aprender e ser desafiados é incorrecta.» Para muitas pessoas, um trabalho é menos uma vocação e mais uma forma de pagar as contas, acrescenta.

Mas é importante ter consciência disso antes de iniciar uma nova procura de emprego e entrevistas, acrescenta. «Se não estiver preparado para responder a essas perguntas de forma verdadeira, irá continuar a fracassar em qualquer emprego que tiver.»

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