Norte registou taxa de desemprego juvenil de 25% em 2021

O Norte regista uma taxa de desemprego juvenil de 25,1%, revela o relatório socioeconómico do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, que realça o diferencial entre homens e mulheres na população activa da região.

 

Na região, o desemprego juvenil foi de 25,1%, com 2021 a trazer um aumento de 2,1% da população activa no Norte de Portugal, verificando-se um incremento maior na faixa etária de entre os 35 e os 44 anos, quando comparado com o ano anterior.

O relatório socioeconómico do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, apresentado na sede da Associação Empresarial de Portugal (AEP), em Matosinhos, no distrito do Porto, «destaca a região Norte pela sua taxa de actividade (60,2%), ainda que sublinhe um amplo diferencial entre homens (65,7%) e mulheres (55,4%)».

No documento, a que a Lusa teve acesso, lê-se que «a região Norte de Portugal finaliza o ano de 2021 com um total de 1,7 milhões de pessoas empregadas, mais 2,5% do que no ano anterior».

«A taxa de emprego é de 56,3% e a taxa de desemprego está nos 6,9% (equivalente a 330,6 milhares de pessoas)», detalha.

Por áreas geográficas, destaca-se o Ave, que lidera a tabela das taxas de actividade, com 58,5%, e a Área Metropolitana do Porto (AMP), com 58,4%, sendo o Alto Tâmega a área com uma taxa mais baixa, de 41%.

Quanto à taxa de desemprego, a AMP apresenta um índice de 15,7%, seguindo-se Ave com 14,6% e Tâmega e Sousa com 14%.

Na Galiza, um aumento de 0,2% da população activa, que agora totaliza cerca de 1,2 milhões de pessoas, contrariou a tendência negativa imposta pelos efeitos da pandemia COVID-19.

Também nesta comunidade autónoma há um «amplo diferencial em termos de género», com uma taxa de actividade masculina de 57,1% e feminina de 48,3%.

Em 2021, houve naquela região um decréscimo da taxa de desemprego, que passou de 12% em 2020, para 11,3%, abaixo da média espanhola de 14,8%.

Ainda assim, preocupa o aumento dos desempregados de longa duração, que são 41 em cada 100 desempregados, mais sete pontos percentuais do que em 2020.

«A população juvenil, entre 16 e 18 anos, é uma das mais afetadas. Dos 320.600 jovens inquiridos pelos censos, 35% está ocupado e 10,6% (equivalente a 34.100 pessoas) está parado. O resto está inactivo. A taxa de desemprego juvenil aproxima-se dos 23%, reduzindo-se ligeiramente em relação ao ano anterior, e situando-se um pouco abaixo da média espanhola».

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