Notas dos exames nacionais voltam a contar para a conclusão do ensino secundário. E há mais mudanças. Saiba quais

As notas dos exames nacionais voltam a contar para a conclusão do ensino secundário para todos os alunos que as realizem. Há também mudanças no cálculo da média de acesso ao superior. ⁠O Público revela o que muda.

Ao contrário do que se passou nos últimos quatro anos, como efeito da pandemia COVID-19, as notas dos exames nacionais que os alunos do 11.º e do 12.º anos vão realizar vão ter peso na nota final da disciplina, além de poderem ser utilizados como prova de ingresso no ensino superior. Este ano ficam já todos abrangidos pelas regras do novo modelo de exames, que têm entrado gradualmente em vigor desde 2023, e obrigam à realização de três exames nacionais para conclusão do secundário: Português no 12.º ano, que passa a ser obrigatório para todos os alunos dos quatro cursos científico-humanísticos (Ciências, Economia, Humanidades e Artes Visuais), e mais duas disciplinas da componente de formação específica (ou uma da componente específica e Filosofia).

A publicação revela que no concurso nacional de acesso, os exames realizados este ano pelos alunos do 12.º ano ainda irão contar 30% para a nota final da disciplina. Por exemplo, um aluno que tenha nota interna de 18 valores a uma disciplina e obtenha 15 no exame terá uma nota final de 17 valores. No entanto, com o novo modelo de exames, o peso destas provas baixou: valem 25% da nota final da disciplina. Ou seja, os estudantes do 11.º ano que façam exames este ano poderão contar com um peso de 25% dessas provas na nota final da disciplina.

Para os alunos que estão agora no 12.º ano, a média final do secundário para os cursos científico-humanísticos ainda é o somatório de todas as notas (já incluindo os resultados dos exames), a dividir pelo número de disciplinas, com excepção da disciplina de Educação Moral e Religiosa. É uma média simples, mas isso é algo que também vai mudar.

Já para os estudantes que estão este ano no 11.º ano, o cálculo da média final do ensino secundário já será diferente. O peso de cada disciplina para a média final vai variar de acordo com a sua duração. Ou seja, uma disciplina que os alunos tenham ao longo dos três anos do secundário, como são os casos de Português, Matemática A, História A ou Desenho, terá uma ponderação maior nessa média do que uma anual ou bianual.

A publicação revela ainda que a média para entrar no ensino superior é calculada tendo em conta a classificação final do secundário e as notas dos exames que são as provas de ingresso definidas pela universidade ou politécnico para o curso a que o aluno se está a candidatar. Nestas provas, os alunos têm de ter, no mínimo, 95 pontos, na escala de 0 a 200.

A partir deste ano, a classificação final do ensino secundário vale, no mínimo, 40% dessa nota (até ao ano passado o peso mínimo era de 50%). Já as provas de ingresso têm um peso mínimo de 45% para a média de ingresso (até ao ano passado o peso mínimo era de 35%). No caso dos cursos que exigem pré-requisitos, estes devem valer, no máximo, 15% da nota de acesso. Ao contrário do que acontecia antes, o peso das provas de ingresso não pode ser inferior ao peso da classificação final do secundário.

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