Nuno Cardoso Filipe, BPI: «Há necessidade de acelerar a aprendizagem dos colaboradores»

Nuno Cardoso Filipe, director Executivo de Pessoas e Organização do Banco BPI, reconhece que «há necessidade de acelerar a aprendizagem dos colaboradores para que estejam melhor preparados para enfrentar o futuro». Leia a sua análise aos resultados do XXXIX Barómetro Human Resources.

 

«Os resultados do Barómetro Human Resources reforçam a tendência de uma clara mudança nas expectativas dos colaboradores em relação às suas empresas e a como vivem o trabalho. Detalharia dois pontos.

Em primeiro lugar, a atracção e retenção do talento, algo bastante recorrente, mas que se mantém de grande actualidade, no sentido de suportar a transformação digital das organizações com competências e talento que sejam facilitadores da mudança que se pretende.

Um tema crítico e que surge no barómetro, embora ainda não nos lugares cimeiros, é o das expectativas em relação ao equilíbrio entre a vida profissional, pessoal e familiar. No BPI, terminámos agora mesmo o processo de certificação “empresa familiarmente responsável”, que nos permitiu fazer uma análise profunda à nossa realidade, identificar as principais expectativas dos nossos colaboradores e, sobretudo, definir planos de melhoria para reforçarmos este compromisso. Fomos certificados há cerca de um mês, o que muito nos orgulha, mas sabemos bem o longo caminho ainda a percorrer. E este caminho é incontornável porque, temos a certeza, é já factor diferenciador para as melhores empresas para se trabalhar.

Por outro lado, relativamente às competências dos colaboradores para responder aos desafios que se avizinham, revejo-me nos resultados. Reconheço, contudo, a necessidade de acelerar a aprendizagem dos colaboradores para que estejam melhor preparados para enfrentar o futuro. O mundo muda a uma velocidade única, pelo que criarmos as condições para que as nossas pessoas sejam protagonistas desta mudança é um factor fundamental para o sucesso das organizações. No BPI, é algo prioritário, sobretudo na promoção de uma mentalidade de curiosidade intelectual junto dos colaboradores, que fomente processos de aprendizagem baseados em conteúdos diversos, novas formas de aprender e canais mais ajustados à realidade de cada pessoa. Podemos ter as melhores ferramentas do mercado, mas sem esta curiosidade e vontade de cada um ser protagonista do seu desenvolvimento, nada se consegue.»

 

Este testemunho foi publicado na edição de Janeiro (nº. 133) da Human Resources, no âmbito da XXXIX edição do seu Barómetro nas bancas.

Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.

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