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O mundo está a mudar. Estamos preparados?
Por Vera Norte, Co-Founder & Managing Partner do Comunicatorium
O mundo está a mudar muito rapidamente. Muito mais rapidamente do que alguma vez aconteceu. A geração com hoje 50 anos assiste a verdadeiros milagres nomeadamente no que toca a novos canais de comunicação. O digital está aí e há uma geração que cresceu a brincar na rua sem computador, sem telefone, sem televisão… na altura que formou os seus valores as suas bases de interpretação do mundo, o mundo era diferente. Extraordinariamente diferente.
Cresceu da rua para o carro, os filhos brincaram em casa e hoje não passam sem o WhatsApp ou a Netflix, os netos nasceram com uma “intuição” digital que faz espantar os avós, e consolas, iPad e telemóveis são os novos brinquedos que substituem as correrias na rua o jogo da roda, os berlindes.
E como vamos interpretar estas mudanças? como as vamos avaliar no contexto empresarial?
Hoje nas empresas há cada vez menos contacto pessoal, a comunicação faz-se por “escrito” “emogiada” e agora cada vez mais num ecrã. A pandemia veio acelerar alguns destes processos de digitalização e mudar completamente a atmosfera de trabalho. As pessoas não querem abdicar da melhoria na sua vida pessoal, do tempo que perdiam no transito para chegar a um escritório, e fazer o que hoje sabem, podem fazer em casa.
O “híbrido” está para ficar.
Será este o caminho a seguir? Que impacto tem na organização? na cultura? nas equipas? Na transversalidade necessária dos processos? Que impacto estas novas formas de comunicação vão trazer? Serão piores? vão tirar produtividade às empresas? vão impactar na motivação e no envolvimento dos colaboradores? a cultura organizacional vai-se perder?
Ou será apenas mais uma evolução, uma evolução natural e necessária, difícil de avaliar para uma geração que cresceu com outros valores e outras formas de olhar o mundo, mas quem sabe se não para melhor?
Queremos maior equilíbrio de vida pessoal e profissional, maior produtividade, mais tempo útil, mais rapidez. Há novas formas de ser colaborativo, de ter sentido de pertença, de partilhar emoções. As mesmas necessidades, outras formas de as alcançar.
Seremos sempre humanos. Hoje com novos modelos e novos canais de comunicação, mas acredito que procuraremos sempre a comunicação a partilha e a interação com os outros humanos como nós, só precisamos saber abraçar a mudança.