O que esperar (e fazer) nos últimos quatro meses do ano?
As férias de Verão ficaram para trás, as escolas reabriram e as empresas procuram também recuperar alguma normalidade, sendo que os constrangimentos e as incertezas se mantêm. Apesar de as apostas para o regresso divergirem, parece haver consenso numa ideia: ficarmos todos em casa não é a solução.
Por Ana Leonor Martins | Fotos Nuno Carrancho
Setembro é tipicamente o mês de rentrée, em que se perspectiva a fase final do ano e, mais importante, começa a pensar-se nos desafios e metas para o ano que se segue. Mas, num ano completamente atípico, os desafios são acrescidos e mais imediatos. Desde logo porque muitas empresas estão, agora, a começar a trazer as suas equipas de volta aos escritórios, mas com toda uma panóplia de novas regras, enquanto outras ainda estão a definir se mantêm ou não o trabalho remoto. Os benefícios da flexibilidade são inegáveis, mas há também muito que se perde com o remoto a tempo inteiro. A começar nas relações informais, que se perdem.
Este tema, de trazer ou não os colaboradores (todos? Só alguns? Quais?) de volta aos locais de trabalho levantou outras questões, nomeadamente o que se perde em termos de comércio local e de compra por impulso, por exemplo. Por outro lado, como vão ficar as configurações dos escritórios? A sua finalidade irá alterar-se, tornando-se como mais um espaço de convívio e team building do que propriamente de trabalho? E as pessoas que ainda não estão aculturadas? As perguntas permanecem mais que as respostas. Algumas serão debatidas na próxima Conferência da Human Resources, que se vai realizar dia 29 de Outubro.
A convite do conselheiro Gonçalo Rebelo de Almeida, o almoço mensal do Conselho Editorial da Human Resources realizou-se no Vila Galé Ópera, em Lisboa, e contou com a presença de: António Henriques (Grupo CH); Catarina Horta (Novo Banco); Catarina Tendeiro (Grupo Ageas); Clara Trindade (L’Oréal); Elsa Carvalho (CGD); Felipa Oliveira (Korn Ferry); Gonçalo Rebelo de Almeida (Grupo Vila Galé); Isabel Heitor (ANA – Aeroportos de Portugal); Nuno Troni (Randstad); Pedro Fontes Falcão (ISCTE Executive Education); Pedro Rocha e Silva (Neves de Almeida HR Consulting) e Vanda de Jesus (Portugal Digital).
Artigo publicado na Revista Human Resources n.º 117 de Setembro de 2020