O que tira o sono aos CEO?

De acordo com o estudo anual Worldcom Confidence Index (CI) da The Worldcom Public Relations Group (Worldcom), acontecimentos como o Brexit, os protestos em vários pontos do globo, guerras comerciais ou aquecimento global estão a contribuir para a diminuição da confiança dos directores executivos em todo o mundo. Mas não é isso que os deixa sem dormir à noite.

 

 

«Tal como no ano passado, o que mantém os chief executive officers (CEOs) sem dormir à noite é a retenção dos melhores talentos. Este ano, também querem garantir que os funcionários tenham as capacidades certas num ambiente de trabalho dinâmico e em evolução”, comentou Roger Hurni, chairman da Worldcom Public Relations Group, em relação às conclusões do estudo que promoveram. «O que também está claro no relatório é que os benefícios de trabalho precisam de fazer parte de uma estratégia de retenção e atracção.»

Mas a confiança dos líderes mundiais de negócio está a decrescer, devido a diversos factores: «elevados níveis de incerteza a nível mundial, incluindo guerras comerciais entre os Estados Unidos da América e a China, não têm ajudado a acalmar o receio dos líderes empresariais, e a nossa pesquisa mostra que os acordos comerciais e os direitos aduaneiros globais», referiu o responsável. «Desde a última edição da Confidence Index in 2018, os líderes também se depararam com o Brexit, os protestos em Hong Kong, a proliferação do aquecimento global, fome e o ressurgimento de doenças como o sarampo. Esta combinação de factores pode ajudar a explicar o porquê dos níveis de confiança terem caído tão drasticamente no último ano.»

Mais de 20% da confiança dos líderes mundiais decresce em 2019, sendo estes valores mais significativos nos EUA (51%) e na China (21%). Curiosamente, o Japão contraria a tendência, passando do último para o primeiro lugar, com um crescimento de 74%.

 

The Worldcom Confidence 10

O Índice de Confiança (IC) da Worldcom revela as preocupações/confiança em 23 tópicos e seis audiências. São estas as 10 principais conclusões:

1. Níveis de confiança implodem – 21% abaixo
• Os Estados Unidos da América são os que mais caem (51%) e o Japão o que mais sobe.

2. Os influenciadores tornam-se a audiência principal para a atenção do líder, mas têm a segunda pontuação mais baixa do Índice de Confiança
• O impacto e o papel dos media têm a menor pontuação de IC

3. Temas relacionados com os colaboradores dominam a agenda dos líderes
• Aumentar a qualificação e requalificação é o tópico mais discutido
• Tópicos relacionados a funcionários ocupam cinco dos seis primeiros lugares do índice
• O público com a pontuação mais baixa do Índice de Confiança Worldcom foi para os colaboradores

4. Os líderes têm preocupações sobre a sua imagem corporativa, reputação da marca e a sua capacidade de a proteger em caso de crise

5. Acordos e tarifas comerciais globais enfraquecem a confiança

6. A confiança diminui na capacidade de satisfazer os clientes – especialmente nos EUA – mas permanece maior do que outros tópicos de negócios

7. Os eventos que nos afectam a todos, como o aquecimento global, provocam reacções muito contraditórias nos nossos líderes

8. Governos e legisladores recebem muito mais atenção e as suas mudanças são motivo de preocupação

9. Uma mudança acentuada na atitude em relação ao impacto da forma como os líderes políticos comunicam nas redes sociais

10. O cibercrime já não é mais um motivo de preocupação global, mas um grande problema para os líderes sul-americanos

 

O estudo foi feito com base em mais de 58 mil chefes executivos e responsáveis de Marketing.

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