Oito verdades que os CEO a desempenhar a função pela primeira vez devem (sempre) ter em conta

O cargo de CEO é o sonho de muitos executivos, mas se determinados procedimentos não forem seguidos, pode não ser bem-sucedido. Um CEO precisa de competências técnicas, mas também precisa de competências emocionais.

 

Gary Payne, sócio do escritório da Odgers Berndtson partilhou oito conselhos para ajudar os CEOs recém-nomeados.

1. Ser sem chefe não é só diversão e jogos
A maioria dos CEOs recém-nomeados chegam ao cargo depois de décadas de trabalho árduo, durante as quais tinham colegas com quem podiam trocar feedback e superiores a quem podiam encaminhar decisões difíceis. O facto dos CEOs não terem chefes nem colegas dentro da empresa constitui uma mudança drástica, que requer ajustes e muitas vezes leva ao isolamento social, à falta de feedback e ao medo de tomar decisões.

2. A responsabilidade pode ser solitária e dolorosa
Quase por definição, quando se tem um chefe, tem-se alguém a quem se pode transferir a responsabilidade pelas decisões mais importantes, mas quando se é o CEO, isso muda. Para muitos executivos, é algo pelo qual ansiavam, o momento em que poderiam dar ordens.

Mas com esta autoridade vem uma carga emocional intensa, porque o CEO é a pessoa que toma decisões, muitas vezes com base em informações limitadas, que podem ter sérias ramificações para a saúde da empresa. Até mesmo CEOs experientes podem achar o peso da autoridade solitário e desgastante, especialmente em tempos de crise, por isso é normal que os CEOs recém-nomeados também o sintam.

 

3. As pessoas irão tratá-lo de maneira diferente
Os CEOs ocupam uma posição quase reverencial em muitas empresas. Existem várias explicações para este facto, uma delas é a consequência da disparidade de poder. Se é colaborador, o CEO da sua empresa não é apenas responsável pelo que faz no seu trabalho todos os dias, mas também por mantê-lo na empresa. E esse facto, influencia a maneira como os colaboradores se comportam com um CEO.

 

4. Tudo o que disser vai ter impacto na organização
Um subproduto da autoridade dos CEOs é que o que dizem vai afectar a organização inteira. Por essa razão, os CEOs experientes costumam ser muito cuidadosos ao falar, porque sabem que mesmo uma ideia ou opinião repentina pode, se expressa, ter impactos duradouros na cultura, no comportamento e na reputação da empresa. Como um novo CEO, não pode trocar ideias com qualquer pessoa e não deve ter reacções emocionais perto de qualquer pessoa. Deve prever as potenciais interpretações e ramificações de cada ideia e opinião antes de expressá-las.

5. Os comportamentos terão uma dimensão simbólica para os colaboradores
A maneira como um CEO fala, age e os tipos de decisões financeiras que toma dentro uma mensagem aos seus colaboradores. Culturalmente falando, os CEOs têm de entender que os seus comportamentos tem uma dimensão simbólica.

6. Um CEO é a imagem da empresa
Os CEOs representam a empresa para o público. É um trabalho 24 horas por dia, sete dias por semana, mas com isto perdem-se liberdades e perde-se o anonimato. Muitas vezes os novos CEOs e as suas famílias, demoram a adaptar-se a esta nova realidade.

 

7. Vai entrar numa estrutura que já existia 
Se entrou na empresa como CEO, vai herdar anos ou até décadas, de relacionamentos e práticas. Por isso, é normal demorar algum tempo para entender as relações complexas ​​entre os membros das equipas, por exemplo.

8. Não terá controlo total sobre o seu sucesso e fracasso
A nossa cultura de trabalho tende a ligar os sucessos e fracassos de uma organização ao responsável. Se a empresa tem um bom desempenho, o CEO é aplaudido. Se não tem o CEO é culpado. Mas, os factores fora do controlo do CEO podem ditar sucessos e fracassos. Como CEO, será culpado por coisas sobre as quais sente que não tem controlo, da mesma forma que será aplaudido por sucessos que podem não estar directamente ligados às suas acções. De qualquer forma, deve entender que a principal responsabilidade do trabalho é concentrar-se na criação de valor no espaço entre esses extremos.

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