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Opinião: Tempo de balanço
Para muitos de nós, aproxima-se um período de paragem, para gozo das merecidas férias. Tempo de descanso e de mudança de rotinas, que pode também ser aproveitado para fazer um exame da nossa vida. Estamos bem? Somos felizes? Gostamos da vida que levamos?
Por Fernando Neves de Almeida, managing partner da Boyden Portugal
Enfim, seguramente haverá três respostas possíveis: sim, normal e não. Se a sua resposta for sim, não continue a ler este texto, uma vez que ele não é para si. Caso contrário, vamos lá a ler.
Comecei este texto com uma citação que, para mim, não poderia corresponder mais à realidade. Em interpretação livre, eu diria que se não é mais feliz, é porque não quer. A sua vida é o resultado de um conjunto de escolhas (independentemente dos acontecimentos que não controla) que só dependem de si. Se quando acorda pela manhã começa a pensar no sacrifício que vai ter de fazer por mais um dia de trabalho, em vez de dar graças, por exemplo, por simplesmente existir, a escolha é sua. Se começa por pensar no que não quer da vida em vez de pensar no que quer, a escolha é sua. Se se lastima pela má sorte que tem (acredite que pode sempre piorar. Utilizo esta argumentação para aqueles que poderão estar a pensar que se eu soubesse a má sorte que têm não escrevia este tipo de texto) em vez de fazer planos para viver plenamente, a escolha é sua.
O que pretendo dizer é que aquilo que a nossa vida é, começa com pensamentos. E nós, felizmente, podemos controlá-los, se quisermos. Pensamentos geram emoções, emoções que são responsáveis pelo nosso bem-estar e felicidade. Pensamentos negativos geram emoções negativas, que geram mais pensamentos negativos, enfim… você sabe o que eu quero dizer. Felizmente, o contrário também é verdade. Cultive emoções/sentimentos positivos: amor, compaixão, alegria. Gaste parte do seu dia a pensar como pode fazer felizes aqueles de que gosta, ao invés de pensar que gostava que fizessem mais por si. Treine-se para ser um “giver” e deixe lá de ser um “taker”. E se a sua vida não é satisfatória, mude! Mude de emprego ou mude o emprego. Mude de amigos, se for caso disso. Arranje coragem de mudar aquilo de que não gosta na sua vida. A primeira mudança, claro está, são os seus pensamentos.
Para além de dever ter em atenção estas duas variáveis importantíssimas, pensamentos e emoções, há mais dois aspectos que poderão ajudar muito a percorrer o caminho da felicidade pessoal: a sua saúde física e os estímulos intelectuais de que se rodeia.
Estarmos bem com o nosso corpo, já os antigos diziam, ajuda a uma mente sã. Uma alimentação equilibrada e exercício físico adequado são factores muito importantes para o seu bem-estar mental.
Finalmente, procure inspiração, diariamente. Rodeie-se de livros e programas que lhe transmitam mensagens positivas. Reforce a sua determinação em ser feliz e procure aprender, todos os dias, novas técnicas para melhor percorrer o seu caminho: o caminho do sucesso. Deixo-lhe aqui três sugestões de leitura para as suas férias: “O caminho menos percorrido” de Scott Peck; “As sete leis espirituais do sucesso” de Deepak Chopra e o recentíssimo livro de Prem Rawat “Quando o Deserto Floresce e outras histórias”.
Espero que este texto lhe seja útil para tomar a decisão de ser mais feliz. Boas férias.