Os desafios do recrutamento especializado em Portugal

A situação global que vivemos desde o ano passado, reiterou a forma globalizada em que vivemos e as interdependências que existem entre continentes e países. As organizações também são palco de transformações tecnológicas que influenciam os profissionais, e têm que se adaptar a novos conceitos e responsabilidades, além das influências ditadas pelas necessidades e as constantes mudanças de mercado.

Por Catarina Almeida, Country Manager da Pantest

 

As novas tecnologias aplicadas à saúde, sejam aplicações digitais, ferramentas de colaboração, novos equipamentos de exames, entre outras, têm exigido novas competências às equipas da área de saúde que os utilizam mas também aos recursos alocados à sua produção. Mesmo sabendo que estas tecnologias podem acelerar o atendimento, a apresentação de diagnósticos em tempo real, ainda há um caminho a percorrer, não só na partilha destes métodos com os profissionais de saúde que os vão aplicar, mas também com os profissionais que desenvolvem e produzem essas novas tecnologias.

A pandemia Covid-19 veio acelerar ainda mais o desenvolvimento tecnológico tanto a nível mundial como a nível nacional e a necessidade de encontrar soluções rápidas e eficazes tornou-se essencial para qualquer sector, sobretudo, no caso particular do sector da saúde. As circunstâncias particulares em que vivemos atualmente, exigem de todos os profissionais um esforço extraordinário para o qual ainda não estavam preparados. A aceleração da digitalização veio evidenciar o seu peso nas estruturas empresariais atuais e tornar evidente o aumento de lacunas a nível das competências necessárias para fazer face aos desafios do futuro. Além das competências técnicas necessárias para a execução eficaz das tarefas, enquanto empresa precisamos ter em consideração outras valências complementares para as equipas que estamos a desenvolver.

No entanto, para dar resposta às crescentes exigências do sector da saúde, as empresas têm que ajustar rapidamente as suas equipas e a sua produção a essas necessidades. Esta urgência de inovação e de constante adaptação exige, também, a necessidade de mais recursos humanos com formação especializada. Contudo, estes recursos especializados são muitas vezes escassos e estão apenas disponíveis nos grandes centros urbanos, carecendo nas zonas mais interiores do país.

A requalificação dos recursos humanos é essencial para que as organizações prosperem. E para tal é importante adoptarmos posturas flexíveis e ágeis e reorganizar a nossa força de trabalho. As empresas, como a nossa, precisam promover a recolocação e promoção de talentos baseados no seu know-how e competências, em detrimento de modelos mais tradicionais baseados na antiguidade, onde o processo de tomada de decisão é mais lento e ineficiente.

Porém, esta mudança de paradigma também obriga a uma mudança de perspectiva dos próprios recursos humanos. Os trabalhadores precisam mudar a sua mentalidade e abraçar uma visão virada para o desenvolvimento de conhecimento e capacidade de adaptação. Na seleção de novos membros para as equipas é importante identificar os talentos certos que vão permitir implementar modelos de trabalho ágeis e flexíveis, onde é potenciada a ligação entre as equipas, por forma a criar equipas ágeis e potenciando o desenvolvimento das competências necessárias.

Este é um dos maiores desafios que o recrutamento para empresas de tecnologias de saúde precisam enfrentar e solucionar.

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