Os europeus vão passar grande parte da vida a trabalhar. Adivinha em qual país se vai trabalhar mais anos?

A “vida de trabalho” na Europa tem aumentado desde 2001, avança o Eurostat, tendência ligeiramente invertida apenas em 2020 devido à pandemia.

 

A organização europeia de estatística prevê que a próxima geração de europeus trabalhe uma média de 36 anos, apesar das grandes diferenças entre países. Esta média baseia-se em futuros trabalhadores na União Europeia (UE) que tinham 15 anos em 2021. Mas é provável que alguns destes jovens trabalhem bastante mais do que isso.

Os cidadãos dos Países Baixos estão no topo da tabela, com uma média de 42.5 anos. Também os trabalhadores na Suécia e Dinamarca terão de trabalhar durante mais anos com 42.3 e 40.3 anos respectivamente. No fim da tabela estão os cidadãos da Roménia com uma média de 31.3 anos, precedidos pelos italianos e gregos, com 31.6 e 32.9 anos, respectivamente, passados no local de trabalho.

Portugal ocupa o 10.º lugar da tabela, com uma média a rondar os 37 anos de vida despendidos a trabalhar.

No que diz respeito ao género, na maioria dos países da UE é mais provável os homens trabalharem durante mais tempo do que as mulheres, com uma média de 38.2 anos para eles e 33.7 para elas. Contudo, o gap de género está a diminuir: em 2001 era de sete anos e os últimos dados apontam a que a média seja apenas de 4.5 anos.

A Lituânia é o único país com tendência inversa, já que as mulheres trabalham em média mais 1.3 anos do que os homens. A maior diferença entre anos trabalhados por género verifica-se em Itália, com mais 9.1 anos do lado masculino.

Os dados concluem que, no geral, os Europeus vão passar grande parte das suas vidas a trabalhar, e o mesmo se verifica em outros países no mundo. Mudanças demográficas estão a forçar os empregadores e os empregados a repensar quando será possível reformarem-se, com o factor financeiro (nomeadamente pensões cada vez mais longas) a pesar na equação.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), com a queda da taxa de natalidade o envelhecimento da população na Europa está a acelerar, o que pode acarretar grandes impactos económicos. Charles Goodhart, professor emérito da London School of Economics revelou ao Financial Times que, países com queda na sua demografia, verão «o seu crescimento económico diminuir, a não ser que haja um milagre na produtividade».

Ler Mais