Os jovens são a geração mais bem preparada para ajudar as empresas nesta área específica (e fundamental)

Por ocasião do Dia Internacional da Juventude, celebrado ontem, a Check Point Software Technologies Ltd., fornecedor de plataformas de segurança cibernética alimentadas por IA e entregues na cloud, destacou o potencial da primeira geração verdadeiramente digital na abordagem do impacto social da segurança cibernética e da tecnologia de ponta.

 

Para promover melhorias na segurança digital, é fulcral encarar a cibersegurança e os avanços tecnológicos como as questões sociais que são, com ramificações generalizadas quando as coisas correm mal.

São visíveis em primeira mão o impacto negativo que um ciberataque pode ter tanto a nível mental como físico. Por exemplo, pacientes de hospitais em Londres tiveram consultas importantes canceladas e resultados de exames de sangue perdidos após um ataque de ransomware, enquanto um profissional do sector financeiro foi enganado por uma tecnologia de deepfake para transferir 25 milhões de dólares para cibercriminosos.

As implicações da cibercriminalidade são profundas e afectam tanto os indivíduos como as empresas e os governos. De facto, nos últimos dois anos, o Fórum Económico Mundial classificou a cibersegurança entre os cinco principais riscos que o planeta enfrenta. Os jovens, muitas vezes na vanguarda da defesa da acção colectiva em causas sociais como as alterações climáticas e a pobreza global, são a chave para fazer dela uma prioridade no cenário mundial.

O papel da cibersegurança nas questões sociais

Embora se possa pensar que não estão relacionadas, a cibersegurança desempenha um papel significativo em questões como a sustentabilidade e a gestão ambiental, garantindo a integridade e a fiabilidade dos sistemas digitais. Nas infraestruturas modernas, as tecnologias digitais são parte integrante da gestão de infraestruturas essenciais, como as redes de energia, o abastecimento de água e as redes de transportes.

Medidas eficazes de cibersegurança protegem estes sistemas de ciberataques que poderiam perturbar os serviços e causar danos ao ambiente. Por exemplo, as redes inteligentes e as instalações de energias renováveis dependem de plataformas digitais seguras para optimizar a distribuição de energia e reduzir o desperdício, contribuindo para um panorama energético mais sustentável.

A cibersegurança também desempenha um papel vital na implementação e manutenção da GreenTech. Tecnologias como as cidades inteligentes, os dispositivos IoT (Internet das Coisas) para monitorização ambiental e a agricultura de precisão dependem de redes seguras para funcionarem correctamente e fornecerem dados precisos.

A protecção destes sistemas contra as ciberameaças garante o seu funcionamento eficiente e seguro, apoiando a sua adopção e reforçando a sua contribuição para os objectivos de sustentabilidade. Por exemplo, os dispositivos IoT seguros na agricultura podem optimizar a utilização de recursos, reduzindo assim o impacto ambiental e promovendo práticas agrícolas sustentáveis.

Campeões da cibersegurança nas gerações futuras

Uma das características que definem os jovens actualmente é o seu conforto e familiaridade na utilização da tecnologia desde tenra idade. Ao contrário das gerações anteriores, que tiveram de se adaptar aos avanços digitais, os jovens utilizam smartphones, computadores e Internet quase desde que nasceram. Esta competência enraizada e facilidade com as ferramentas digitais torna-os aptos a navegar e a enfrentar os desafios da cibersegurança.

O empenho da geração actual em causas sociais também pode alimentar a sua dedicação à cibersegurança. Estão profundamente conscientes das implicações mais vastas das ciberameaças, reconhecendo que as violações de segurança podem ter consequências de grande alcance para a privacidade, a estabilidade económica e mesmo a segurança nacional. Esta consciência leva-os a defender medidas e políticas de segurança robustas que protejam os indivíduos e as comunidades. Através das redes sociais e de outras plataformas, podem sensibilizar para a importância da cibersegurança, educando os seus pares e o público em geral sobre a forma de se manterem seguros online.

A inovação é outro ponto forte desta geração. Os jovens não são apenas consumidores passivos de tecnologia, mas criadores e inovadores activos. Estão na vanguarda do desenvolvimento de novas tecnologias e aplicações, movidos pelo desejo de resolver problemas e melhorar o mundo à sua volta. Este espírito empreendedor presta-se à cibersegurança, em que os jovens inovadores estão a desenvolver soluções de ponta para proteger os dados e os sistemas das ciberameaças. As hackathons, as competições de programação e as empresas tecnológicas em fase de arranque são um terreno fértil para as mentes jovens conceberem estratégias e ferramentas criativas.

Em resumo, a profunda familiaridade tecnológica dos jovens, o seu empenho em causas sociais e a sua mentalidade inovadora fazem deles a melhor geração para enfrentar eficazmente os riscos da cibersegurança. A sua combinação única de competências e perspectivas permite-lhes desenvolver soluções sólidas e promover um mundo digital mais seguro.

O papel dos jovens no desenvolvimento responsável da IA

A geração mais jovem está preparada para desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento e integração da IA. O Relatório Global da Juventude das Nações Unidas concluiu que 93,2% dos jovens têm uma percepção positiva da IA, com 76,3% a acreditar que a IA é um risco grave, mas controlável. Este optimismo é um ponto de partida importante, mas é crucial melhorar a compreensão técnica da IA, uma vez que apenas 24% dos inquiridos afirmaram compreender como funciona a IA.

A educação e o envolvimento dos jovens no desenvolvimento ético e na utilização da IA podem garantir que esta seja aproveitada para um bem maior, promovendo a inclusão e a justiça. Para tirar o máximo partido destas tecnologias, é imperativo dar às gerações mais jovens as competências e os conhecimentos necessários. Os programas de formação especializada e as certificações podem melhorar ainda mais os seus conhecimentos, garantindo que estão bem preparados para salvaguardar as infraestruturas digitais. Ao aproveitarem estas oportunidades educativas, os jovens estão a adquirir os conhecimentos e as competências necessárias para desenvolver e implementar medidas eficazes de cibersegurança.

«Os jovens estão actualmente numa posição única para apoiar as necessidades de cibersegurança do futuro. O seu carácter digital nativo, o seu espírito inovador e o seu empenho na educação e nas causas sociais fazem deles a geração mais promissora para enfrentar os desafios da cibersegurança. Como pioneiros digitais, estão a preparar o caminho para um futuro digital seguro e resiliente, assegurando uma visão equilibrada sobre a forma como a tecnologia beneficia a sociedade e, ao mesmo tempo, protegendo contra a ameaça em constante evolução dos ciberataques», conclui Rui Duro, Country manager da Check Point Software Technologies em Portugal.

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