Patrões admitem aumentos salariais de 2% no próximo ano

No início do ano, os empregadores portugueses tinham orçamento para aumentos salariais de 2,1% e, apesar do impacto económico da pandemia, com empresas a congelar salários, a estimativa mantém-se praticamente inalterada. A conclusão é do Salary Budget Planning Report da Willis Towers Watson.

O relatório também revela que este ano cerca de 35% dos empregadores portugueses afirmaram que planeavam congelar os salários ou adiar os aumentos. E que 14% das empresas em Portugal já adoptaram medidas para reduzir a sua força de trabalho, enquanto outros 29% planeiam ou consideram cortes em resposta à crise da COVID-19.

Relativamente a outras medidas de poupança, 63% dos empregadores implementaram ou estão a considerar políticas de licenças não remuneradas, voluntárias ou obrigatórias.

Perante o actual cenário, as projecções de aumento salarial para 2021 são optimistas, pois os dados revelam que se espera um aumento de 2% nos salários, valor que se aproxima dos 2,1% pré-COVID. Também as empresas que planeiam congelar salários para o próximo ano são em menor número, reduzindo dos actuais 20% para 8%.

Sandra Bento, Associate director da Willis Towers Watson Data Services, afirma que «a maioria das empresas no mundo está em modo de controlo de custos e a extensão total do impacto económico da pandemia ainda não foi sentida. Algumas empresas já tinham anunciado os aumentos salariais antes da pandemia e outras atrasaram as revisões salariais, pelo que essas situações serão sentidas e talvez ganhem maior relevo no próximo ano».

O relatório da Willis Towers Watson mostra que apesar da imprevisibilidade persistente quanto à evolução actual da pandemia e ao impacto da segunda vaga, os empregadores ficarão melhor preparados para planear 2021, através de dados disponíveis que vão sendo igualmente actualizados ao longo do tempo para tornar o processo mais realista.

O Salary Budget Planning Report é elaborado pela área de Data Services da Willis Towers Watson. O survey foi realizado em Maio e Junho de 2020. Aproximadamente 15.000 respostas de empresas em 132 países foram recebidas em todo o mundo.

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