Pedidos de aumento salarial foram negados a 23% dos profissionais e 62% nem sequer pediu, revela estudo

O salário é o terceiro factor com maior percentagem de insatisfação por parte dos profissionais, tendo aumentado de 52% para 63% quando comparado com 2021, revela o Guia Hays 2023.

 

Cerca de 48% dos empregadores afirma ter efectuado aumentos entre os 2,5% e os 9,9%. Já 23% procederam a aumentos em até 2,4%. Do lado dos profissionais, 37% revelou ter sido aumentado este ano – valor mais elevado desde 2018, tendo aumentado 9% percentuais quando comparado com 2021.

Este dados mostram que empregadores e profissionais estão alinhados relativamente aos aumentos salariais efectuados, no entanto, mesmo tendo sido aumentados os profissionais continuam insatisfeitos com o mesmo.

Ou os efeitos agravados da inflação tornaram estes aumentos insuficientes ou as actualizações salariais que existiram não foram, de facto, ao encontro das expectativas da maioria dos profissionais são duas justificações possíveis para este cenário.

Relativamente à evolução salarial em 2022, 55% dos profissionais referiu que o seu salário permaneceu igual – apenas 15% foram aumentados em até 2,4% e 16% entre 2,5% e 9,9%. Além disso, 62% dos profissionais nem sequer pediu um aumento salarial em 2022 e 23% pediu, de facto, um aumento salarial, porém sem sucesso.

No que diz respeito a expectativas salariais para 2023, 31% dos profissionais esperam que o seu salário aumente em pelo menos 10% – em oposição, apenas 7% dos empregadores prevê o mesmo cenário.

Relativamente à negociação do pacote salarial, 36% dos profissionais afirma ter negociado o seu pacote salarial este ano – mais 5% do que o ano anterior.

No relatório deste ano, foi inquirido aos colaboradores de que forma os seus empregadores asseguram a transparência relativamente aos aumentos e níveis salariais. Apenas 2% dos inquiridos diz que são divulgados os salários de todos os colaboradores, 4% revela que são divulgados os intervalos salariais, 16% afirma que são estabelecidos critérios para haver aumentos salariais. Contudo, 66% diz que nenhuma das opções se aplica à sua organização e 13% nem sequer tem a certeza se existem parâmetros para garantir a transparência salarial.

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