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Pessoas confiantes têm estes cinco hábitos. Se precisa melhorar esta característica, pratique-os
Todos conhecemos alguém que transpira confiança. Entram numa sala como se fossem donos de tudo: partilham as suas ideias sem se preocupar com a rejeição: e ficam felizes por conhecer novas pessoas que podem adicionar à sua rede pessoal. Alguma vez se perguntou como se tornaram assim?
«A confiança é um trabalho interno», revela Roz Usheroff, presidente da consultora de liderança e branding The Usheroff Institute, à Fast Company. «Pessoas confiantes mostram-se autênticas sem desculpas e perguntam-se: ‘O que faria se não tivesse medo?’.»
Algumas pessoas são confiantes por natureza, no entanto, é uma característica que pode desenvolver e melhorar se praticar esses cinco hábitos.
Estão sempre a aprender
Aprender coisas novas alarga os horizontes, e pessoas confiantes são curiosas e adoram explorar, declara Angeli Gianchandani, professor de Marketing da Universidade de New Haven e fundador da Mobility Girl, uma plataforma de coaching. «São leitores ávidos e focam-se no autocuidado, reservando tempo para meditar e exercitar as suas mentes», explica. «O que os diferencia é o poder das suas ideias e da imaginação para pensar além do comum.»
O crescimento é um investimento contínuo na construção da confiança, acrescenta Roz Usheroff. «Pessoas confiantes não dependem apenas do talento natural, mas da aprendizagem de novas competências através da perseverança e da prática. Não hesitam em ajustar o percurso perante novos conhecimentos ou circunstâncias. Vêem o fracasso como lições aprendidas, aceitam as consequências e partilham as suas experiências.»
Demonstram coragem
Pessoas confiantes não têm receio de pedir conselhos. «Sentem-se à vontade para admitir quando não sabem algo, pois não vêem isso como uma fraqueza», explica o presidente da consultora.
Ter coragem significa pôr de lado o ser perfeito, diz Jonathan Alpert, autor de “Be Fearless: Change Your Life in 28 Days”. «Muitas vezes as pessoas não lutam pelas coisas porque sentem que é isso que têm de fazer. Elas reflectem sobre como abordar as coisas, comportam-se ou dizem algo a ponto de ficarem ansiosas e acabam por não fazer nada ou fazem-no de uma forma que lhes falta confiança.» Já pessoas confiantes estão dispostas a ser vulneráveis.
Controlam o seu crítico interior
Embora o crítico dentro de si possa de vez em quando pressioná-lo a esforçar-se mais, por vezes isso impede-o de correr riscos, afirma Michele Patterson Ford, Ph.D., psicóloga e professora de Psicologia no Dickinson College. Pessoas confiantes sabem quando esses pensamentos são úteis ou, pelo contrário, prejudiciais.
«Trata-se de estar atento aos pensamentos negativos na sua mente e encará-los exactamente como isso, pensamentos – e não verdades – que podem ajudá-lo a levar essas cognições menos a sério», acrescenta.
Ter compaixão por si mesmo e pelas suas lutas também ajuda a construir confiança. «Pesquisas recentes mostram que a autocompaixão está associada à autoestima», diz Patterson Ford. «Ter noção do seu valor desempenha um papel importante no sentimento de confiança. No entanto, a autocompaixão pode realmente beneficiar a autoestima sem os típicos problemas associados a uma elevada autoestima, como o egoísmo. O lado compassivo domina a probabilidade de ser egocêntrico.»
Sentem-se confortáveis com o desconforto
O desconforto é um sinal de progresso e as pessoas confiantes aceitam-no. «Aqueles que se sentem bem com o desconforto vão mais longe, assumem riscos mais significativos, rompem barreiras e estão abertos a enfrentar novos desafios», diz Angeli Gianchandani. «O desconforto é uma forma de autocrescimento, forçando-se mentalmente a superar os medos.»
Sentir-se confortável com o desconforto significa eliminar uma mentalidade de “e se…”, confirma Jonathan Alpert. «Esse tipo de pensamento é equivalente a abanar a mesa num jogo de xadrez. Vai desestabilizar as suas crenças, colocar dúvidas no seu pensamento e abalará as suas bases. Sempre que começar a pensar “e se…”, mude o seu pensamento para “eu vou”.»
Usam a sua voz
Resumindo, pessoas confiantes estão dispostas a abrir a boca e dizer algo, diz Jonathan Alpert. «Todos aqueles que deixaram uma marca neste mundo chegaram-se à frente, apresentaram as suas ideias e arriscaram. Por isso, atreva-se a dizer aquilo em que acredita. Pode ficar agradavelmente surpreendido com quem o ouve e fica impressionado com a sua confiança em partilhar as suas ideias.»
Haverá sempre pessimistas e pessoas que duvidam de nós, mas não deixe que isso o impeça de falar, arriscar e fazer o que acredita, apela Alpert. «A crítica significa apenas que fez as pessoas pensarem. Muitos que deram passos confiantes e ousados enfrentaram resistência. Mantenha o foco naquilo em que acredita e vá em frente.»