
Pessoas primeiro: o futuro da Indústria
Por Maria Albuquerque, Business manager, agap2 Indústria
O sector industrial está em constante evolução a nível global, impulsionado por avanços tecnológicos, por novos regulamentos, pelo foco na sustentabilidade e impacto ambiental. O nível de exigência é incrementado pela necessidade de apresentar resultados tangíveis, baseados em números, processos e prazos. Embora estes indicadores sejam cruciais para avaliar a efectividade de um projecto, muitas vezes é menosprezado um elemento fulcral: as pessoas que fazem as coisas acontecer.
Grande parte do nosso tempo é dedicado à actividade profissional, aos colegas, às chefias, e a tudo o que constitui o ambiente laboral. Cada vez mais, deparamo-nos com uma sociedade repleta de problemas sócio emocionais onde o nosso bem-estar físico e mental é colocado em causa, fruto das exigências e das necessidades que se vivem nas organizações. Por isso, mais do que nunca, é evidente que necessitamos de uma nova forma de agir que priorize a proximidade, a empatia e o desenvolvimento humano, colocando as pessoas no centro das nossas decisões e acções.
Quando falamos de proximidade não podemos considerar, somente, uma relação à base de conversas periódicas ou de feedbacks de desempenho, mas sim, de uma comunicação aberta, transparente e de escuta activa, onde haja espaço para dar voz. Fomenta-se assim, a criação de um ambiente onde as pessoas se sentem confortáveis para partilhar sucessos, fracassos e, acima, de tudo, partilhar os seus pensamentos e emoções. Não menos importante, uma comunicação clara e assertiva com os nossos parceiros, tendo por base a construção de relações de longo prazo, que priorizem a partilha de conhecimentos, de objectivos e, acima de tudo, de compromisso.
Ao adoptarmos uma abordagem como esta estamos, consequentemente, a aumentar a nossa capacidade para compreender melhor as necessidades das nossas equipas e dos nossos parceiros, a alinhar expectativas e a reforçar uma relação à base da confiança recíproca.
Num sector como o industrial, marcado por sucessivas inovações tecnológicas e novas exigências no mercado, o desenvolvimento humano torna-se um ponto fundamental. Falamos de cultivar competências técnicas e sócio emocionais como a comunicação, a liderança e a resiliência, essenciais, para uma cultura organizacional bem-sucedida.
Ao capacitarmos as nossas equipas nestes dois pilares, não estamos apenas a formar melhores profissionais ou seres humanos, mas sim, a tornar as pessoas mais motivadas, valorizadas e, acima de tudo realizadas, com uma maior capacidade de transformar os desafios do dia-a-dia em oportunidades.
Desde o lançamento de uma nova marca, tenho vivenciado de perto os desafios inerentes a este compromisso com as pessoas. Percebemos que, mais do que um posicionamento, uma boa comunicação, empatia e confiança, são factores críticos para a retenção e para a motivação dos nossos colaboradores. O contacto com os mesmos e com os nossos parceiros tem-nos permitido identificar as suas verdadeiras necessidades e ajustar as nossas estratégias de forma mais eficaz. É notável que uma abordagem baseada na escuta activa e no acompanhamento contínuo gera um impacto positivo não só na produtividade, como no bem-estar dos nossos colaboradores.
Não podemos negligenciar o impacto que a indústria gera, em quem a faz acontecer. Adoptar uma postura baseada na proximidade, na humanidade e no desenvolvimento de cada um, é mais do que uma tendência, é uma necessidade. Ao fundamentar-nos nesta abordagem estamos a melhorar a nossa capacidade para enfrentar os desafios de hoje e construir o futuro de amanhã.