Portugal perde terreno na competividade digital a nível mundial. Desceu três posições e ocupa agora a 37.ª posição

Portugal surge em 37.ª lugar no Ranking de Competitividade Digital do IMD World Competitiveness Center, divulgado hoje. Apesar de ter conseguido melhorias ligeiras nas áreas do Conhecimento e da Tecnologia, a economia nacional caiu três posições face a 2019 e não conseguiu acompanhar o ritmo de competitividade digital de outros países, num ranking que continua a ser liderado pelos Estados Unidos.

 

Segundo o ranking, onde Portugal se posiciona perto da metade da tabela e à frente de apenas oito países da União Europeia, o Conhecimento mantém a tendência dos anos anteriores enquanto indicador que mais contribui para tornar a economia nacional competitiva no digital, com classificações sempre a oscilar entre a 27.ª e a 33.ª posição desde 2016.

Em 2020, Portugal volta subir classificação no que diz respeito à Qualidade do seu Talento (26.º para 24.º), tal como na Formação & Educação que proporciona (sobe de 39º para 38.º) e, ainda, na Concentração de Conhecimento que existe no país (sobre duas posições, de 32.º para 30.º).

No entanto, a descida de posição no indicador Conhecimento (31.º para 33.º) serve de alerta para um crescimento a um ritmo mais lento do que noutros países, sobretudo devido à fraca prestação das empresas na Formação de Colaboradores (58.º). Em destaque, nesta área, surgem a existência de boas Competências Digitais e Tecnológicas (14.º) na população portuguesa e ao número de Graduados em Ciência (13.º).

O principal ‘calcanhar de Aquiles’ da competitividade digital de Portugal tem sido a pouca Preparação para o Futuro, com a descida da 34.ª para a 41.ª posição a evidenciar alguma dificuldade em transpor o Conhecimento para a realidade das empresas.

A falta de Agilidade no Negócio (57.º) que as empresas têm demonstrado é o factor que mais impacta esta queda de sete lugares, nomeadamente devido a baixas pontuações na Detecção de Oportunidades & Riscos (50.º), no Receio do Fracasso (49.º) e Uso de Big Data & Analytics (55.º).

Também no que respeita à Tecnologia, Portugal apresenta um crescimento residual em todos os sub-factores, o que não foi suficiente para alterar a posição que o país ocupa no ranking (38.º). Se, por um lado, a qualidade das Tecnologias de Comunicação (5.º), o Número de Utilizadores de Internet (12.º) e as Leis de Imigração (4.º) fazem com que o país se torne um dos mais competitivos no digital, por outro, a reduzida penetração de Assinantes de Banda Larga Móvel (59.º) e a falta de Exportação de Tecnologia de Ponta (55.º) empurram Portugal para a metade inferior da tabela, no que a este indicador diz respeito.

No que diz respeito aos resultados globais do Ranking de Competitividade Digital, os primeiros lugares não sofreram muitas alterações face a 2019, com destaque apenas para Hong Kong que sobe três posições até ao 5.º lugar na tabela, e para a Finlândia, que fecha agora o Top 10 depois de perder três posições. Nota, também, para o crescimento consecutivo da China que este ano entra no Top 20 (16.º), depois do 22.º lugar em 2019 e 30.º em 2018.

A Porto Business School é, pelo quinto ano consecutivo, parceira exclusiva do IMD para Portugal na elaboração deste ranking.

Ler Mais