Criação de emprego vai subir (significativamente) no início de de 2022 em Portugal. Veja aqui os números

Com 52% dos empregadores a prever um aumento nas suas contratações e 34% a optar por manter os números actuais, o ano de 2022 arranca com perspectivas optimistas relativamente à criação de emprego, conclui o ManpowerGroup Employment Outlook Survey.

 

A previsão do ManpowerGroup Employment Outlook Survey avança com uma projecção para a criação líquida de emprego de +37%, para o período de Janeiro a Março do próximo ano.

Os empregadores dos 11 sectores de actividade analisados preveem um forte crescimento do mercado de trabalho durante os próximos três meses. O sector das Tecnologias de Informação, Telecomunicações, Comunicação e Media, é o que apresenta os planos mais optimistas, com uma projecção +49%. Seguem-se os sectores da Banca, Finanças, Seguros e Imobiliário, com uma projeção de +48%, e em crescimento de 43 pontos percentuais face ao período homólogo de 2021, e do Comércio Grossista e Retalhista, com +46%, e um crescimento de 50 pontos percentuais.

A Hotelaria e Restauração destaca-se também, ao apresentar o maior crescimento com respeito às perspectivas anunciadas no período homólogo de 2021. Os empregadores deste sector avançam uma projeção de +39%, numa evolução de 56 pontos percentuais. O sector de Outras Atividades de Produção e o setor da Construção antecipam igualmente mercados de trabalho muito dinâmicos, com projecções de +39% e +32%, respectivamente.

O sector Industrial apresenta também perspectivas animadoras de crescimento nas contratações, com os empregadores a avançar uma Projeção para a Criação Líquida de Emprego de +24%, em crescimento de 12 e 27 pontos percentuais face ao trimestre anterior e ao primeiro trimestre de 2021, respectivamente. Os mesmos 24% são também projectados pelo sector de Outras Actividades de Serviços.

Ainda que avancem intenções de crescimento das contratações, os sectores da Educação, Saúde, Trabalho Social e Governamental e das Actividades de Produção Primária são os mais conservadores e preveem um ritmo de contratação não tão acentuado. Nestes casos, avançam projeções para a Criação Líquida de Emprego de +13% e +16%, respectivamente, em crescimento de 3 e 5 pontos percentuais com respeito ao mesmo período de 2021.

Apesar de se prever um reforço nas contratações em todas as regiões de Portugal, durante os próximos três meses, é a região Norte que regista a projeção para a Criação Líquida de Emprego mais optimista, alcançando os +41%. Segue-se a região da Grande Lisboa, com uma Projeção de +34%, enquanto no Grande Porto as perspectivas situam-se nos +26%. No Centro e a Sul, a perspectivas de contratação fixam-se nos+17% e +20%, respectivamente.

As grandes empresas são as que preveem um ritmo mais forte na contratação, com uma projeção para a criação líquida de emprego de +42%. As pequenas empresas seguem um ritmo semelhante, com uma projeção de +39%, 33 e 43 pontos percentuais acima do valor apresentado para o trimestre anterior.

As médias empresas avançam uma projeção para a criação líquida de emprego de +26%, enquanto que as microempresas antecipam uma projecção de +16%.

38% dos empregadores portugueses irão recomendar ou incentivar a vacinação, sem, no entanto, a exigir.

30% dos inquiridos pretendem apelar à vacinação, mas não obrigar os funcionários a recorrer à mesma, ao mesmo tempo que uma percentagem idêntica dos empregadores tem uma posição mais coerciva e afirma que irão solicitar a dupla vacinação e o respectivo comprovativo aos seus colaboradores. Os planos quanto à vacinação incluem ainda alternativas como a exigência de prova de dupla vacinação para algumas funções, mas não para todas, indicada por 11% dos empregadores, ou ainda a aposta em incentivos para encorajar a vacinação, referida por outros 8%.

Finalmente, 20% das empresas indicam ainda não ter nenhum plano para introduzir uma política fixa de vacinação dos seus colaboradores, deixando claro que essa é uma decisão individual, enquanto 7% indicam já vir a requerer prova de dupla vacinação e ainda da dose de reforço.

Modelos de trabalho híbrido e remoto

Na maioria das funções os modelos remotos ou híbridos, analisados em conjunto, já representam um peso superior ao dos modelos presenciais.

A excepção a esta regra encontra-se nas funções de produção e indústria, onde 69% dos empregadores afirma que o modelo predominante será o presencial, bem como nas funções de atendimento, vendas e front-office, onde essa percentagem é de 58%. Não obstante, no caso destes últimos, a percentagem que refere o trabalho remoto e híbrido atinge já os 36%.

No extremo oposto encontram-se as funções financeiras e de contabilidade, de recursos humanos e de apoio administrativo, onde a percentagem de trabalho a ser realizado em modo híbrido e remoto representa já 53%, 51% e 50% respetivamente.

As funções de tecnologia são as que apresentam uma maior percentagem de empregadores a preferir o modelo remoto, sendo referido por 14% dos inquiridos. Outros 35% afirmam adoptar o modelo híbrido e 45% mantêm a opção pelo modelo presencial.

 

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