Prio: «A formação dos nossos colaboradores é um ponto crucial no nosso trabalho»

A Prio acredita que a formação faz a diferença na captação e retenção de talento, considerando fundamental a aposta no desenvolvimento de competências, pessoais e técnicas, dos seus colaboradores.

 

Num mundo onde a informação é cada vez mais acelerada, a formação é essencial para as pessoas desenvolverem as suas competências e se valorizarem. Tendo em conta o mercado competitivo em que vivemos actualmente, só apostando na formação é que as empresas vão conseguir acompanhar da melhor maneira as tendências dos sectores onde actuam. Para a Prio, é, por isso mesmo, «fundamental apostar no desenvolvimento de competências das nossas pessoas e é por isso que a formação dos nossos colaboradores foi, desde sempre, um ponto crucial no nosso trabalho, determinante para a melhoria contínua do desempenho profissional», afirma Gilda Caeiro, directora Jurídica e de Recursos Humanos.

Na estratégia da empresa, a formação serve, precisamente, de base para todas as áreas de negócio e tem um papel crucial de apoio a todas as decisões estratégicas da organização e de cada sector ou unidade. Ao mesmo tempo, contribui para o crescimento e valorização individual de cada um, o que se reflecte na qualidade e motivação, não só do colaborador, mas também da equipa em que se insere.

 

Escola Prio
Em 2021, a empresa portuguesa que actua no segmento dos biocombustíveis, apresentou a Escola Prio, um projecto que consideram disruptivo e que nasceu com uma missão muito clara: criar valor para todos. «É um projecto que continuamos a desenvolver e que tem reforçado a importância na partilha de conhecimento entre todos os nossos colaboradores», descreve Gilda Caeiro.

A Escola Prio foi desenhada a pensar especialmente no desenvolvimento de competências, com destaque para a formação interna através do know-how que a empresa acumula desde 2007. Nesse sentido, outros objectivos surgiram, como descreve a directora Jurídica e de Recursos Humanos da PRIO: «Criámos uma bolsa de formadores, que conta actualmente com 50 formadores internos, onde potenciamos o crescimento dos colaboradores e procuramos soluções para responder aos vários desafios com que nos deparamos, como por exemplo os decorrentes da nossa dispersão geográfica».

Neste momento, a Escola Prio oferece um conjunto de formações internas relevantes para o desenvolvimento das várias áreas de negócio, além de gerir todas as formações externas ministradas na empresa. Este projecto centralizador é ainda responsável «por outros processos dedicados ao desenvolvimento dos colaboradores, como a avaliação de competências e o acolhimento», como adianta Gilda Caeiro.

Com o lançamento da Escola Prio, a empresa assume que fez uma aposta maior na formação interna, disponibilizando cursos destinados às várias áreas de negócio da organização, o que se revelou muito benéfico para as necessidades da mesma: «É know-how interno que já tínhamos o privilégio de ter na empresa e que assim chega a ainda mais colaboradores», esclarece a mesma responsável.

No entanto, a Prio assume que continua a recorrer também a formação externa, a qual já representa uma fatia considerável da formação ministrada. «Este ano já ultrapassámos as 16 300 horas de formação, das quais 44% representam formação interna e 56% formação externa. É esta combinação entre know-how interno e conhecimentos adicionais que encontramos lá fora que também nos permite crescer da forma sustentada que temos presenciado», clarifica a directora Jurídica e de Recursos Humanos.

 

Estratégia formativa
Quando se fala do plano de formação, a empresa afirma que este resulta de um processo estruturado e alinhado entre a empresa e os colaboradores, como Gilda Caeiro faz questão de sublinhar: «Através de uma iniciativa que designamos de “Ajuda-nos com o teu desenvolvimento”, o colaborador tem a possibilidade de identificar as suas necessidades de formação, sendo depois realizada uma reunião com o colaborador e a respectiva chefia, de modo a clarificar prioridades, objectivos e resultados a alcançar. Juntos procuramos identificar as necessidades formativas, com vista a potenciar a aquisição, o aperfeiçoamento e/ou a reciclagem de conhecimentos junto dos colaboradores». A mesma responsável ressalva, ainda, que contam, também, com um catálogo de percursos formativos e competências que consideram válidas em várias áreas, nas quais o colaborador pode delinear o seu percurso formativo e onde são tidas em conta novas propostas de desenvolvimento e de situações de evolução, mobilidade profissional e/ou alteração de tarefas, que venham a surgir.

No campo da formação propriamente dita, a Prio considera que é importante dar atenção ao lado técnico, mas não coloca de parte a componente humana, tão necessária nos dias que correm. No caso da formação técnica, o foco está em ajudar os colaboradores a acompanhar a evolução das várias áreas de negócio, mantendo um serviço que se pretende de excelência. «Dadas as características do nosso negócio, que envolve produção de combustíveis, as formações em segurança e prevenção são também essenciais», ressalva Gilda Caeiro.

No entanto, a empresa aposta, também, em formações comportamentais, investindo no desenvolvimento pessoal e contínuo dos colaboradores, fornecendo- lhes as ferramentas e competências necessárias para terem sucesso profissional e pessoal.

Sobre a metodologia escolhida para o processo formativo, a directora Jurídica e de Recursos Humanos da Prio fala sobre o investimento numa plataforma – um LMS (learning management system) – para a Escola Prio, que permite não só fazer toda a gestão da formação, mas também facultar aos colaboradores uma ferramenta à qual todos podem aceder e realizar um conjunto de formações, de forma a acompanharem a sua respectiva evolução.

Até agora, os resultados da formação têm sido bastante satisfatórios e isso deve-se à dinâmica instituída pela empresa no campo da formação: «Aquando do levantamento da necessidade, quer comportamental, quer técnica, é estabelecido um critério com base em resultados, sejam dados concretos ou análises mais comportamentais, de modo a efectuar a avaliação da eficácia da formação. Procuramos medir os resultados e o impacto de cada formação no indivíduo, equipa e organização, além de recolhermos testemunhos dos nossos formandos, que revelam um elevado nível de satisfação», revela Gilda Caeiro.

 

Actualização permanente
No momento que o mundo atravessa, como manter os colaboradores actualizados no campo da formação? Será este um dos maiores desafios para as empresas que implementaram a área da formação? Gilda Caeiro acredita que sim: «Os principais desafios são as alterações realizadas nas várias áreas de negócio e a introdução de novos produtos e serviços ». Nesse sentido, e para dar resposta aos mesmos, o catálogo de formação deve estar sempre em actualização, mas existem outros factores a ter em conta. «Lidamos também com o desafio da dispersão geográfica, no caso da rede de postos de abastecimento. É um desafio para o qual estamos bastante atentos e onde as formações e-learning têm sido essenciais, mas onde também temos feito um esforço para realizar algumas formações presenciais. É um desafio adicional em termos de logística, mas também nos dá uma maior proximidade junto dos nossos colaboradores», reflecte a responsável pelo departamento de recursos Humanos da Prio.

Já não é uma novidade que o mundo laboral tem sido alvo de grandes mudanças, designadamente no que diz respeito às necessidades dos colaboradores, e a Prio não é excepção. «Temos na Prio colaboradores com situações laborais e geográficas diferentes, tendo sido necessário manter a proximidade de todos e dar resposta às suas maiores preocupações, adaptando-nos para garantir o seu crescimento profissional», sublinha Gilda Caeiro. Sobre a necessidade de implementar medidas que vão ao encontro das necessidades dos próprios colaboradores e da empresa, a formação é essencial, «pois só investindo na formação de todos – de modo que os colaboradores possam crescer e progredir motivados – conseguimos também reforçar a nossa retenção de talento», admite.

A mesma responsável chama ainda a atenção para a importância das competências de internacionalização, como as línguas, além de competências de análise e tomada de decisão, de inteligência emocional e gestão da mudança, atendendo ao contexto actual. «A formação é fundamental para acompanhar a inovação tecnológica e o processo de mudança e crescimento que o nosso sector vive. A Prio tem consciência que o serviço de excelência que fornece depende de uma actualização constante dos nossos colaboradores, munindo-os do conhecimento e ferramentas adequadas para exercerem as suas funções» reitera Gilda Caeiro.

Até ao final de 2023, a Prio pretende continuar a trabalhar com os seus colaboradores na transição energética, de forma a dar a conhecer a todos as soluções mais ecológicas que a empresa está a desenvolver, assim como o seu enquadramento a nível nacional e internacional. «Por outro lado, continuamos a apostar no serviço ao nosso cliente, para que a Prio continue o seu processo de crescimento sustentado. Para tal, temos também em curso um projecto de formação para os nossos parceiros, de modo a que a marca e os valores da Prio sejam transmitidos de forma transversal », conclui a directora Jurídica e de Recursos Humanos da Prio.

 

Esta artigo faz parte do Caderno Especial “Formação” na edição de Junho (n.º 150) da Human Resources, nas bancas.

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