Profissionais portugueses mais confiantes

A Michael Page voltou a analisar o nível de confiança dos profissionais portugueses. No comparativo entre o segundo e o terceiro trimestres de 2016, os portugueses mostram-se de um modo geral mais confiantes na forma como percepcionam a sua situação profissional e o mercado em geral. Ainda assim, abaixo da média europeia.

 

O Índice de Confiança Michael Page revela que o índice médio de confiança no mercado de trabalho registado em Portugal durante o terceiro trimestre de 2016 é 40%, mais um ponto que no trimestre anterior (39%). A confiança dos portugueses encontra-se um pouco abaixo da média europeia que, no terceiro trimestre, subiu dos 49% para os 51%.

A empresa de recrutamento e selecção especializada destaca ainda que, de todos os índices avaliados e que constituem o Índice de Confiança da Michael Page, apenas um registou um decréscimo entre os trimestres: a confiança no desenvolvimento de competências, que reduziu um ponto.

Para além deste índice e da confiança na promoção profissional, que se manteve estável, todos os índices revelam um aumento da confiança dos portugueses.

Nível de confiança dos portugueses com menos de 30 anos desce:
O índice de confiança dos profissionais na faixa etária abaixo dos 30 anos desceu um ponto, do segundo para o terceiro trimestre de 2016. A percepção do mercado está um pouco mais negativa, com os índices “Actual situação profissional”, “Futura situação profissional” e “Actual situação Económica” a descerem 5, 2 e 1 pontos, respectivamente. Também a confiança na situação profissional dos inquiridos sofreu algum decréscimo, com os índices “Promoção profissional”, “Compensação” e “Tempo necessário para encontrar novo desafio profissional” a perderem 4, 2 e 1 pontos, respectivamente.

Portugueses entre os 30 e os 50 anos mantêm-se positivos:
Além de se manter positiva, a faixa etária dos 30 aos 50 anos de profissionais inquiridos revelou ainda um aumento considerável da confiança na quase totalidade dos índices analisados.

Segundo Carlos Andrade, senior manager da Michael Page Porto, «esta diferença de confiança entre os profissionais abaixo dos 30 anos e aqueles que se encontram na faixa etária entre os 30 a 50 anos, pode dever-se à diferente percepção da taxa de empregabilidade em que cada um se insere. Essa percepção é influenciada pelos meios de comunicação que têm retractado de forma constante a problemática do desemprego jovem, que em Portugal é cerca de três vezes superior à taxa de desemprego geral. Ao mesmo tempo, mostra que os portugueses são uma população cada vez mais atenta e informada, uma vez que Portugal é um dos países da União Europeia com uma taxa de desemprego jovem mais elevada, muito acima da média dos restantes países membros.»

Faixa etária acima dos 50 está confiante na evolução do mercado mas mostra-se retraída na confiança na evolução da sua situação profissional:
Os profissionais acima dos 50 anos mostram-se confiantes na situação actual e futura do mercado de trabalho e da Economia mas têm uma perspectiva menos positiva sobre a sua situação profissional, revelando um significativo decréscimo dos índices “Desenvolvimento de competências” (menos 8 pontos), “Evolução de funções” (menos 5 pontos), “Promoção profissional” (menos 7 pontos) e “Nível de compensação” (menos 2 pontos).

Além de se manter positiva, a faixa etária dos 30 aos 50 anos de profissionais inquiridos revelou ainda um aumento considerável da confiança na quase totalidade dos índices analisados.

Metodologia:
O Índice de Confiança da Michael Page é realizado através da auscultação a 2 143 profissionais que se candidataram a ofertas publicadas no site da Michael Page. Foi lançado no segundo trimestre de 2016, com a observação e análise aos primeiros três meses do ano, e será realizado trimestralmente. Esta análise oferece uma visão da evolução do nível de confiança dos profissionais portugueses ao longo do tempo e a sua comparação com a média europeia do Índice de Confiança.

Ler Mais