Quanto deve preocupar-se com o seu trabalho? Não se preocupar leva a mal-estar e preocupar-se demasiado pode ser nefasto

Actualmente, não só existe um grande receio em ficar desempregado como em lidar com o ambiente profissional tóxico devido a factores de stress relacionados com a pandemia, o que se revelou prejudicial para o bem-estar mental e físico dos trabalhadores, de acordo com o Business Insider.

 

A pandemia levou muitos profissionais a desistirem dos seus empregos, maioritariamente devido ao burnout. De 2020 a 2022, quase 100 milhões de norte-americanos abandonaram os seus empregos e, os que não se despediram, tentaram preocupar-se menos, optando por “desistir silenciosamente”, ou seja, fazer apenas as suas funções e o mínimo exigido.

A mudança de realidade fez os trabalhadores questionar até que ponto se devem preocupar com o seu emprego e até onde a dedicação é saudável, com muitos a concluir que há factores mais importantes na vida do que a parte profissional.

No entanto, o mercado de trabalho tem a capacidade de mudar as perspectivas dos profissionais. À medida que a sensação de insegurança aumenta em indústrias como a tecnologia e meios de comunicação social, e numa economia global instável pontuada por vários fracassos financeiros de grande visibilidade, alguns dos que procuram um equilíbrio encontram-se com o dobro do trabalho do que anteriormente.

Definir o quão se deve preocupar com o seu emprego não é fácil, dado que depende de vários aspectos subjectivos, tais como a ambição profissional e necessidades financeiras. Por um lado, preocupar-se demasiado com a sua carreira faz com que seja mais provável que negligencie as suas relações pessoais, as suas actividades de lazer e o seu bem-estar. Por outro, segundo uma investigação citada pelo Business Insider, não se preocupar com o trabalho também pode provocar mal-estar.

Quando fazemos a escolha da função que queremos desempenhar profissionalmente, é mais sustentável investir emocionalmente numa vocação que alimente os interesses pessoais e profissionais, bem como numa empresa que apoie objectivos individuais.

A saúde e a felicidade requerem investimento pessoal para que seja possível encontrar um equilíbrio entre cuidar do trabalho e não se preocupar, o que pode ser a diferença entre uma vida onde se sente satisfeito e preenchido, em vez de uma vida vazia, marcada pela solidão, exaustão e desespero.

A relação de uma pessoa com o seu trabalho é um preditor-chave da sua sensação geral de felicidade, concluiu a investigação ao revelar que alcançar o equilíbrio pode ser mais complicado agora do que anteriormente.

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