
Quase 70% das empresas já alcançaram (ou estão perto de alcançar) os seus objectivos de igualdade de género
Cerca de 66% das empresas já alcançaram ou estão próximo de alcançar os seus objectivos de igualdade de género, sendo que se espera que este valor atinja os 81% daqui a dois anos, a conclusão é de um estudo do ManpowerGroup.
Também a disparidade salarial global continua a ser um problema complexo, num momento em que 37% dos empregadores reportam atrasos nas suas iniciativas de igualdade salarial ou referem não ter planos para colmatar essa disparidade, de acordo com a investigação do ManpowerGroup.
Ao longo do último ano, o número de empresas que afirmam estar a concretizar os seus objectivos de igualdade de género aumentou, atingindo os 27%, face a 23% em 2024. Ainda assim, em 2025, a percentagem de empresas que estão próximo de alcançar os seus objectivos de igualdade de género desceu para os 39%, quando atingia já os 44% em 2024. Entre 2024 e 2025, a percentagem de organizações que está ainda longe de cumprir a igualdade de género mantém-se igual, nos 9%.
Espera-se, contudo, que estes valores aumentem até 2027, atingindo os 81%. De facto, daqui a dois anos, 49% das empresas esperam já ter alcançado totalmente as suas metas no que toca à igualdade de género, e 32% acreditam estar próximas de o fazer.
Entre os sectores com as maiores taxas de concretização dos objectivos da igualdade de género, destacam-se o sector das Finanças e Imobiliário, com 76%, e o da Saúde e Ciências da Vida, nos 71%. Também com uma taxa alta de concretização encontra-se o sector da Energia e Utilities, a atingir os 70%.
No que toca à equidade de género nas funções de liderança de topo, apenas 42% das empresas revelam estar a concretizar os seus objectivos, menos um ponto percentual do que no ano passado. Ainda assim, os sectores das Finanças e Imobiliário e Tecnologias da Informação (TI) são os que apresentam melhores taxas de concretização destes objectivos, com 57% e 54%, respectivamente. Inversamente, é na Saúde e Ciências da Vida e na Indústria Pesada e de Materiais que se observa menos progresso, com menos de uma em cada três empresas a afirmar conseguir realizar os seus objectivos ou mesmo estar à frente dos seus planos.
Já nas funções técnicas, são as empresas dos sectores da Energia e Utilities e das TI as mais adiantadas na promoção da paridade, com 65% e 59%, respectivamente. Mais uma vez, a Saúde e Ciências da Vida e a Indústria Pesada e de Materiais ficam para trás nesta meta.
Quanto à equidade salarial, cerca de três em cada cinco organizações (56%) estão a cumprir as suas iniciativas, o que representa uma melhoria de quatro pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. O sector da Energia e Utilities é o que se encontra mais avançado na concretização deste objectivo, com 80%, seguindo-se o dos Serviços de Comunicação (69%) e os Transportes, Logística e Automóvel (65%). Novamente, o sector da Indústria Pesada e de Materiais é o que se encontra mais longe de cumprir estes objectivos, fixando-se nos 51%.
Entre as medidas que estão já a ter impacto na promoção de uma maior equidade nas organizações, criar relações de confiança com as equipas é a estratégia mais referida, destacada por 41% dos empregadores, seguida da implementação de políticas para garantir a igualdade de oportunidades de desenvolvimento de carreira e do apoio eficaz do bem-estar dos trabalhadores, ambas destacadas por 37%.
Por outro lado, no espaço de um ano, os empregadores preveem começar a auditar as políticas de promoção da DEI e a fazer o seguimento dos resultados ao nível das promoções realizadas, como medidas para continuar a promover a igualdade de género, ambas as iniciativas referidas por 25% das empresas. Ainda neste âmbito, 22% dos líderes destacam também a medição da utilização e do impacto das políticas de flexibilidade.
Embora as mulheres tenham avançado em determinadas áreas, continuam a ser necessários esforços significativos para promover um mundo do trabalho verdadeiramente equitativo e inclusivo. Para isso, é fundamental que as empresas, independentemente do sector, invistam em estratégias concretas de DEI. Desta forma, poderão não só potenciar o seu talento e garantir mais oportunidades para as mulheres, como também promover o crescimento equitativo e sustentável do seu negócio.