Quase 75% dos gestores afirma ter muita dificuldade em trabalhar com esta geração

Num inquérito da ResumeBuilder a mais de 1300 gestores, 74% revelou que tem mais dificuldades em trabalhar com a Geração Z do que com qualquer outra e, desses, 12% reportou ter despedido um jovem colaborador na sua primeira semana de trabalho, avança o Business Insider. 

Dos mil gestores que afirmaram não conseguir trabalhar com a Gen Z, cerca de metade revelou que tal se aplicava “frequentemente”.

Ainda que diferenças geracionais no local de trabalho sejam há muito ponto de discórdia, Stacie Haller, Chief Career advisor da ResumeBuilder, reitera que a pandemia exacerbou os desafios, nomeadamente em áreas como a comunicação e o estilo de trabalho.

«Devido à Covid-19 e aulas online, é possível que a Gen Z não tenha as bases que lhes permita alcançar o sucesso em entry-level positions quando comparada com as gerações mais velhas», declarou Stacie Haller em comunicado.

«Sabemos que com o trabalho e educação remotos, as competências de comunicação não se desenvolvem tanto e os colaboradores tendem a trabalhar de forma mais independente. Os recrutadores devem estar cientes deste facto, quando entrevistam profissionais da Gen Z. Podem precisar de mais formação quando se trata de competências profissionais.»

Segundo o inquérito, quase 600 gestores revelaram já ter despedido pelo menos um colaborador da Gen Z. Desses, cerca de 20% afirmaram ter despedido um profissional da Gen Z na sua primeira semana de trabalho e 27% no primeiro mês.

Os gestores enumeraram várias razões para não gostarem de trabalhar com a Gen Z, que vão desde falta de esforço e produtividade ao facto de considerarem que os jovens colaboradores se sentem facilmente ofendidos.

Adam Garfield, director de Marketing da Hairbro, afirmou que ainda que «altamente inovadores e adaptáveis» e «sem receio de desafiarem o status quo e trazer novas ideias para a mesa», os profissionais da Gen Z mostram «dificuldades na comunicação eficaz».

«São muito qualificados a usar ferramentas de comunicação digitais, porém faltam-lhes competências interpessoais necessárias para as interacções cara-a-cara», declarou Adam Garfield. «Se desenvolvessem essas skills, para construir ligações mais fortes com colegas e clientes, beneficiariam e muito.»

Cerca de 64% dos gestores revelou que preferem trabalhar com profissionais da Gen X (30%) ou Millennials (34%), cerca de 32% não manifestou preferência e os restantes 4% afirmaram preferir trabalhar com os Baby Boomers.