Ranking das cidades líderes nas adaptações climáticas inclui três portuguesas

Uma análise recente do Carbon Disclosure Project (CDP) – uma associação sem fins lucrativos de impacto ambiental – distinguiu 21 cidades europeias no ranking de acção climática e três delas estão em Portugal, noticia a Euronews.   

 

Desde incentivar o uso de transportes públicos à aposta em áreas verdes, há variadas formas de as cidades combaterem as alterações climáticas. O ranking do CDP baseia-se na transparência e acção climáticas, ou seja, as cidades devem disponibilizar publicamente dados sobre o clima e manter um directório de emissões actualizado. Devem ter igualmente objectivos de energias renováveis e de redução de emissões com vista à neutralidade carbónica em 2050, ou um objectivo a médio-prazo alinhado com os limites do Acordo de Paris de limitar o aquecimento a 1,5⁰ Celsius. Outro critério fundamental é a cidade ter um plano de adaptação climática.

«Fico muito satisfeita por ver tantas cidades na Europa a assumir o leme e levarem o seu papel na redução da crise climática tão a sério», revela Mirjam Wolfrum, directora no CDP.

«A COP27 lembrou-nos que é necessária uma transformação total da nossa economia e sociedade para nos mantermos dentro dos limites de 1,5⁰ Celsius. Estamos a ficar sem tempo, e estas cidades lideram pelo exemplo com acção relevante, eficaz e baseada na ciência.»

No global, 122 cidades das mais de mil analisadas foram consideradas líderes do clima. Na Europa, das 21 distinguidas estão nomes como Atenas, Barcelona, Florença, Madrid, Oslo, e Paris, e há três portuguesas que fazem parte da “lista A”: Braga, Guimarães e Porto.

A lista A é composta por cidades que têm três vezes mais medidas de mitigação e adaptação do que as que integram as demais listas, avança a análise do CDP.

Nas cidades europeias, estas medidas existem sob variadas formas.

Atenas, por exemplo, instalou sistemas solares em 50 escolas para cobrir 110% das suas necessidades energéticas. Paris planeia renovar um milhão de casas até 2050. No âmbito do plano de economia circular, metade da construção será “zero resíduos para aterros sanitários” até 2030. Em Oslo, o desenvolvimento de canais de inundação local tem por base os impactos de chuvas extremas.

No Porto, o contrato de electricidade de 46 gigawatts para todas as infraestruturas municipais é 100% renovável.

No global, a lista de cidades abrange todos o continents. Mumbai é a primeira cidade a integrar o ranking, juntando-se a Lima (Peru), Quito (Equador), Yaoundé (Camarões), e Amã (Jordânia).

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