Redução de custos já não é (pela primeira vez em dez anos) a principal preocupação dos CPO

A crise pandémica ampliou as prioridades dos Chief Procurement Officers (CPOs), que para entregar e proteger valor estão a apostar cada vez mais nas potencialidades de Agility na cadeia de abastecimento, segundo as conclusões do estudo Global Chief Procurement Officer 2021, elaborado pela consultora Deloitte.

 

Os CPO’s indicaram que as suas prioridades estão a crescer, tanto em dimensão como em importância, e pela primeira vez em 10 anos de edição deste estudo, os inquiridos não nomearam a “redução de custos” como a sua principal preocupação. «Em vez disso, emerge uma nova prioridade, a “eficiência operacional”, que surge em primeiro lugar com uma pontuação
ponderada de 78,0. A transformação digital ocupa o terceiro lugar de prioridades, com uma pontuação de 76,1 –, o que significa que manteve a posição face a edições anteriores, mas cresceu significativamente em importância, com um aumento de 20% desde 2019. Este ano, 48% dos CPO’s consideram a transformação digital uma forte prioridade», avança a Deloitte.

A responsabilidade social e corporativa (CSR) registou o maior aumento entre as áreas de prioridade (de 22% em relação a 2019) e tem 75% mais probabilidades de ser formalmente medida por empresas de elevada performance.

«A inovação figura em quarto lugar com uma pontuação ponderada de 72,9, refletindo a necessidade de elevar o nível das operações internas e melhorar a transparência da cadeia de abastecimento e a colaboração dos fornecedores de forma mais ampla. O estudo revelou que as organizações de elevada performance estão a gerar uma maior visibilidade da rede de
abastecimento, devido às tecnologias de próxima geração, como a inteligência artificial e cognitiva», destaca a consultora.

A grande maioria dos inquiridos (70%) indicou que o risco aumentou durante o último ano. 56% afirmaram que os principais fornecedores faliram ou foram gravemente prejudicados, e 41% tiveram de acelerar a expedição para manter as linhas de abastecimento a fluir. Cerca de 70% dos CPO’s acreditaram que tinham boa visibilidade sobre os riscos existentes nos seus
fornecedores directos (nível 1), mas apenas 15% tinham visibilidade nos níveis inferiores. Apenas 26% rastreavam formalmente o risco na sua base de abastecimento. A crise da COVID-19 destacou a necessidade de compreender melhor a rede de fornecedores, de ponta a ponta, e os riscos que existem para além dos fornecedores directos.

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