Rendas de escritórios prime aumentam em todo o mundo. Lisboa e Porto seguem a tendência

De acordo com o mais recente relatório da Savills “Prime Office Costs”, as rendas de escritórios prime em algumas das maiores cidades do mundo aumentaram 3% no ano passado (desde o segundo trimestre de 2023 ao segundo trimestre de 2024), enquanto os custos efectivos líquidos “all-in” dos inquilinos (renda mais custos de adaptação) aumentaram 3,8%, à medida que se mantém a tendência estrutural para a procura de espaços de escritório premium de alta qualidade. Lisboa e Porto seguem também a tendência de aumento.

Londres (West End), Hong Kong e Nova Iorque (Midtown) continuam a ser as três localizações mais caras dos 35 mercados analisados pela Savills, em comparação com o primeiro trimestre do ano.

As rendas dos espaços de escritórios prime são agora em média 31,4% superiores às dos escritórios “Grade A” em diversos mercados globais, com a América do Norte a registar o valor mais elevado com 62,5% acima do stock “Grade A”. Em todo o mundo, os maiores inquilinos que alteraram os seus requisitos no primeiro semestre de 2024 continuaram a expandir ou a manter a quantidade de espaço.

O relatório complementar Market Makers da Savills, que analisa os 10 principais negócios de inquilinos de escritórios prime por tamanho nas mesmas 35 cidades, concluiu que apenas 6% desses negócios envolveram empresas que diminuíram a sua área de escritórios, enquanto 94% optaram por ampliar ou renovar o seu dimensionamento actual.

Globalmente, a tecnologia continuou a ser a indústria número um em negócios no primeiro semestre, responsável por 19% do total, ostentando o maior número de novas configurações (parcialmente impulsionadas por empresas de IA em crescimento) e negócios de expansão e relocalização.

Frederico Leitão de Sousa, head of Offices da Savills, sublinha, «em Portugal, as rendas prime continuarão a crescer devido a dois factores principais: a tendência de ‘flight to quality’ e a falta de oferta de qualidade nas zonas centrais, onde a taxa de disponibilidade é de cerca de 5%».

«Este crescimento é sustentado pelos sólidos fundamentos do mercado, que é considerado “um bom local para investir, mas também um óptimo lugar para viver e aproveitar” – 7.º em Qualidade de Vida no Expat Insider 2024. Todos estes factores pressionam os valores das rendas nas zonas prime, aumentando não só as rendas médias e prime, mas também afectando as áreas adjacentes do mercado de escritórios.»

Rick Schuham, CEO of Global Occupier Services da Savills, comenta: «Em conjunto os relatórios Prime Office Costs e Market Makers da Savills mostram o contínuo trajecto para o prime e a resiliência dos mercados globais de arrendamento de escritórios top tier. Muitas empresas continuam a investir e, em muitos casos, a expandir o espaço dos seus escritórios, essencial para as suas operações comerciais, com ênfase na qualidade, apesar do aumento dos custos e da incerteza económica.»

«Dito isto, as renovações simples aumentaram em relação ao nosso último relatório semestral, de 16% no segundo semestre de 2023 para 24% no primeiro semestre de 2024, o que pode reflectir preocupações sobre empréstimos mais elevados e custos de adaptação, ou simplesmente a falta de opções super-prime de alta qualidade em alguns mercados.»

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