Salários no Turismo estão 30% abaixo da média da economia

O secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, apelou a uma subida dos salários no sector, que ainda estão 30% abaixo da média da economia.

 

«Temos de criar melhor condições para atrair talento para o turismo. A dimensão dos salários é muito importante», apelou Nuno Fazenda, no 48.º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorreu no Porto.

Quando se espera que os resultados do sector turístico possam atingir este ano o melhor ano de sempre, o secretário de Estado do Turismo fala na necessidade de estender este entusiasmo aos trabalhadores do sector.

«O turismo nos últimos dez anos cresceu sempre a dois dígitos, com excepção dos dois anos da pandemia, cresceu sempre em receitas e em hóspedes. Temos de crescer também em salários», reforçou perante uma plateia de mais de 770 congressistas de várias atividades turísticas.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou que o sector do alojamento turístico registou 7,4 milhões de dormidas em Outubro, mais 8,5% do que no mesmo mês de 2022, devido sobretudo aos mercados externos. Também os hóspedes aumentaram em outubro, neste caso 8,7% para 2,9 milhões.

«O crescimento tem que ser para todos. O crescimento tem que ser para as empresas, para os gestores, para o chefe de cozinha, para o empregado de mesa, para o auxiliar de limpeza. Todos têm que beneficiar do crescimento. Hoje, os salários estão ainda 30% abaixo da média da economia. E é por isso mesmo que eles têm vindo a aumentar paulatinamente na economia em geral, e no sector do turismo também», acrescentou o ainda governante.

Nuno Fazenda mencionou, no entanto, que se tem verificado que «vários operadores turísticos e vários grupos têm aumentado muito acima daquilo que está previsto no acordo de rendimentos, com aumentos de 10% ou ainda mais».

Uma estratégia que considera ser «a aposta certa, porque quem quer vingar e ter viabilidade no que diz respeito à sua actividade no turismo é apostar também na valorização das pessoas e das suas condições e remunerações», concluiu.

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