São já várias as grandes empresas a aderir a esta “tendência” no despedimento. Está a ser criticado pelos especialistas e pode comprometer a capacidade de atracção de talento

São várias as empresas que estão a despedir “à distância” e isso  está a ser criticado não só pelos colaboradores mas também por peritos em gestão.

 

A McDonald’s Corporation é a mais recente empresa a pedir aos funcionários para trabalhar remotamente durante os despedimentos. A cadeia de fast-food solicitou aos trabalhadores que exerçam as suas funções remotamente de segunda a quarta-feira, de forma a proporcionar confidencialidade enquanto faz despedimentos, revelou fonte citada pela Bloomberg.

Esta não é a única empresa a recorrer a este método, também a Twitter Inc. fechou os seus escritórios antes de fazer despedimentos em massa quando o novo director executivo Elon Musk assumiu o cargo, em Novembro de 2022. O mesmo aconteceu com a PepsiCo Inc. que optou por uma abordagem semelhante em Dezembro, de acordo com um relatório da Fox Business.

Os despedimentos virtuais tornaram-se uma prática comum durante a pandemia de Covid-19 devido às restrições a que obrigou, numa altura em que as empresas se viram forçadas a reduzir o número de trabalhadores. Contudo, agora que muitos regressaram aos escritórios, as companhias têm opção de escolher se despedem pessoalmente ou de forma remota.

Dar uma informação virtualmente quando existe a opção de fazê-lo em pessoa, por norma, não é bem encarado pelos trabalhadores. A companhia americana Better Holdco Inc., uma plataforma online que disponibiliza vários serviços e despediu 900 trabalhadores por causa do Zoom, foi forçada a pedir desculpa publicamente após o incidente ter ficado viral nas redes sociais.

Também os trabalhadores do Google da Alphabet Inc. criticaram os recentes despedimentos em massa e exigiram que futuramente estas decisões sejam dadas pessoalmente para que os trabalhadores possam despedir-se dos colegas.

Embora os despedimentos à distância possam ser mais eficientes e menos incómodos para todos, alguns especialistas defendem que a norma deve ser, ainda assim, a de dar a notícia pessoalmente, sempre que possível.

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