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Tem dificuldade em reter os talentos em TI? Tenha em conta estes quatro aspectos
As competências técnicas tornaram-se o principal activo de uma organização e garantir o bem-estar das suas pessoas é o aspecto chave para a sua retenção. A Keepler Data Tech enumera os aspectos que fazem hoje de uma organização uma empresa saudável capaz de reter talentos.
Portugal enfrenta o problema da falta de qualificações profissionais, especialmente em perfis relacionados com a tecnologia, digitalização ou comércio digital. O país precisa de imigrantes para resolver a escassez de mão-de-obra e, para tal, propôs um aumento do número de vistos de residência permanente e um aumento do apoio financeiro à habitação e à integração de pessoas provenientes de outros países.
O principal problema não é tanto aumentar ou melhorar os recursos actuais, mas reter o talento que está disponível e evitar uma rotação excessiva, o attrition rate torna-se um KPI muito relevante nas empresas. Agora que as organizações se adaptaram à ideia de equipas de trabalho remotas e híbridas, será possível aspirar à globalização do mercado de trabalho, expandindo as possibilidades de incorporar talentos para além da sua origem e âmbito geográfico de referência?
As competências técnicas tornaram-se o principal activo de uma organização e garantir o bem-estar das suas pessoas é o aspecto chave para a sua retenção. A Keepler Data Tech enumera os aspectos que fazem hoje de uma organização uma empresa saudável capaz de reter talentos:
– Recursos tecnológicos. Os perfis técnicos exigem ferramentas que lhes permitam realizar o seu trabalho da forma mais eficiente. É essencial fornecer-lhes equipamento tecnológico de boa qualidade e alto desempenho, as licenças de software necessárias para aceder a ferramentas que permitam o trabalho de equipa síncrono e assíncrono a partir de qualquer local, e gerar ambientes virtuais que possam substituir as reuniões presenciais. Todas estas condições proporcionam-lhes liberdade e capacidade de autogestão.
– Flexibilidade. Desde Março de 2020, quando as empresas conseguiram adaptar-se rapidamente às circunstâncias decorrentes da pandemia, como o teletrabalho. Neste contexto, Portugal é actualmente um dos países europeus que mais encoraja o teletrabalho, com 20,7% dos empregados portugueses a trabalhar à distância, como salienta a Adecco. Todas as tarefas puderam continuar a ser realizadas a partir de qualquer lugar, com as ferramentas de gestão e comunicação adequadas, e especialmente facilitadas pela nuvem. Graças ao teletrabalho e à flexibilidade que traz, os empregados podem ser mais livres e mais globais, dando-lhes a liberdade de escolher onde viver, porque o seu escritório está no seu computador e onde quer que haja uma ligação à Internet. O debate sobre voltar ao escritório ou manter o trabalho à distância pode ser concluído dando ao empregado a liberdade de escolher o que melhor se adequa à sua vida. As empresas que são capazes de proporcionar este benefício terão ganho grande parte da batalha da atração e retenção de talentos.
– Desconexão digital. Cada vez mais, a casa e o escritório estão num só lugar. Isto levou a horários de trabalho alargados e a uma sensação de estar sempre ligado. Permitir que os empregados se desliguem totalmente das suas tarefas no final do seu dia de trabalho é, portanto, outro elemento de um local de trabalho saudável, respeitando os seus tempos de descanso, licença e férias. Portugal regulamentou a desconexão digital como um direito legalmente reconhecido e protegido há apenas alguns meses, como fez a França em 2017, tornando-se o país pioneiro na Europa para o fazer. A legislação aplica-se a todos os trabalhadores e não apenas aos teletrabalhadores, proibindo o contacto com empregados por empresas fora do horário de trabalho e prevê multas consideráveis para as entidades que não cumpram o preceito.
– Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Como resultado dos pontos acima mencionados, e de outras medidas, há uma melhoria no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. O equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal é uma necessidade real dos trabalhadores, o que contribui para melhorar a qualidade de vida das pessoas. A promoção deste equilíbrio leva a trabalhadores mais motivados e a uma maior produtividade. Ao procurar um emprego, o equilíbrio entre a vida profissional e familiar tornou-se um fator chave (66%), tal como refletido no estudo Randstad Employer Brand Research 2021, no qual é o segundo critério mais valorizado após um salário atrativo. Embora possam existir diferentes medidas para promover o equilíbrio trabalho / vida pessoal, a flexibilidade oferecida pelo trabalho à distância, juntamente com a desconexão digital, são apresentadas como os principais trunfos que as empresas terão de ter em conta, especialmente quando se trata de talento tecnológico.