Um truque inédito, para não adiares mais o que tem de ser feito

Este artigo resulta de uma fadiga crónica que estou a começar a sofrer relativamente a uma série de conselhos que, apesar de certos, racionais, lineares e óbvios, nem por isso são eficazes.

Por Rita Sambado, Human Potential Activator e fundadora da EUS School of Being

 

Sou viciada em listas e sequências planeadas. Tenho todo o tipo de planners, alguns até desenvolvidos por mim (como é o caso do Joy Planner). E por tudo isto, muito cedo percebi que, para um planeamento se cumprir, outros ingredientes menos óbvios temos que acrescentar na receita, por forma a conseguirmos lidar com a inevitável procrastinação que se vai instalando.

 

#1 O primeiro é entusiasmo.

Enquanto não conseguires moldar essa tarefa (que tanto evitas), à tua maneira; dificilmente a vais executar. Imagina que procrastinas o exercício físico… já experimentaste, por exemplo ver, que exercício liga verdadeiramente contigo? Estarás tu a obrigar-te a correr, quando a tua energia e a tua dinâmica, pedem muito mais um exercício mais calmo, onde consigas reflectir e aprofundar?

Agora imagina uma tarefa que tipicamente adias … o que é que essa tarefa teria de ter, para te trazer um pouco mais de entusiasmo na sua execução?

 

O segundo e o terceiro já são menos óbvios, mas nem por isso menos eficazes.

Resultam de um conhecimento, e de uma observação mais energética da vida (lamento desiludir as mentes mais abertas que viam aqui uma oportunidade para uma partilha mais esotérica).

Fui percebendo que vivemos em ciclos de alternância: o dia e a noite; a tristeza e a alegria; a confusão e a clareza, etc. Seja na natureza, ou em nós. E fui observando outros aspectos desta dinâmica. Por exemplo: que não nos mantemos “ad-eternum” num dos pólos; que vamos sempre tocando um e outro (quer queiramos ou não) e; que a um, se segue o outro. (Já vais ver onde quero chegar!)

 

Então uma forma de te forçares a entrar no lugar que não queres, é exactamente exagerares o seu pólo contrário. Mais ou menos assim:

 

#2 Torna a “coisa” pior do que ela é.

Se tens de preparar uma apresentação de 20 min para o “board”, pensa que vais ter de a fazer para uma audiência maior e mais exigente; uma audiência que não vai deixar passar incongruências gráficas, ou falta de rigor nos dados. Exagera o mais que puderes sobretudo nos pormenores que te intimidam, até ao ponto em que a verdadeira situação que tens em mãos, te parecer mais do que “fazível” (para meninos! Como dizem os meus filhos).

 

#3 Esta pode ainda surpreender-te mais… Procrastina “à séria”.

Honra o acto. Já que estás a reunir tanta resistência à volta dessa tarefa que tens de fazer, então coloca-te mesmo na situação do verdadeiro procrastinador: de te proibires de tocar nesse trabalho, e noutros que tenhas em mãos, por um bom período de tempo. Aquele que te for gerível como é óbvio, mas que ao mesmo tempo te ponha nervoso(a), e até com saudades. Vais ver que esta passagem pelo extremo oposto, vai naturalmente empurrar-te para o pólo onde pretendes ir.

 

Isto resulta comigo.

Não o digo naqueles jantares mais formais, ou naquelas reuniões em que às vezes me encontro (se calhar tu também) e que não desejava estar; mas contigo faço-o !

Porque acredito mesmo que a vida está longe de ser linear e óbvia e que, às vezes, pequenos conselhos podem fazer uma enorme diferença.
Espero que te ajudem, sobretudo a ser mais produtivo e feliz.

 

P.S. Se gostares de recomendações mais certinhas, também te sugerimos este artigo “O que te impede de dares o próximo passo?

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