Uma em cada quatro mulheres abandonam as carreiras tecnológicas por este motivo

Um estudo da Michael Page, que destaca a importância da promoção da diversidade de género para as empresas, mostra que a falta de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional faz com que 25% das mulheres abandonem carreiras tecnológicas.

 

Além disso, as tarefas de prestação de cuidados fazem com que 7% das mulheres europeias abandonem o mercado de trabalho. Por outro lado, 23% das mulheres executivas sofrem discriminação de género todos os anos.

O estudo “Insights sobre Sustentabilidade” da Michael Page revela ainda que, no segmento C-Level, 31% das mulheres sofrem atitudes e comportamentos discriminatórios relacionados com o género pelo menos uma vez por ano.

De acordo com os dados, 18% dos trabalhadores do género masculino afirmam não se preocupar com a igualdade de género, enquanto as mulheres estão expostas à discriminação de género no local de trabalho três vezes mais frequentemente do que os homens.

 

A Michael Page destacou ainda alguns dos preconceitos abertos e ocultos mais comuns que as mulheres enfrentam no local de trabalho e a necessidade de serem contornados:

1. Preconceito de simpatia: Ao contrário dos homens, as mulheres costumam ser consideradas como mais “duras” porque são assertivas. Estas críticas tendenciosas são subjectivas e vagas, e devem ser reformuladas e desafiadas.

 

2. Preconceito de desempenho: O desempenho das mulheres é muitas vezes subestimado, enquanto o dos homens é sobrestimado. As mulheres podem recusar oportunidades que lhes são favoráveis devido a preconceitos de desempenho, pelo que se deve contrariar esta tendência e incentivar e apoiar o desenvolvimento das carreiras.

 

3. Preconceito da maternidade: Pressupõe que as mulheres são menos orientadas para a carreira do que os homens. Avaliações tendenciosas não são baseadas em evidências. A questão sobre o fundamento deste preconceito deve ser avaliada.

 

4. Preconceito de atribuição: As mulheres recebem menos créditos e são mais culpabilizadas do que os homens pelas suas acções. Destacar as conquistas das mulheres e o seu contributo para o sucesso das equipas e utilizar as redes sociais para apoiar o seu desempenho é uma forma de reconhecimento.

 

5. Preconceito de afinidade: Favorecer pessoas com as quais nos identificamos e excluir aquelas que são diferentes é um preconceito de proximidade. Desafiar esse preconceito destacando que a palavra “diferente” pode oferecer diversidade e uma nova perspectiva para a equipa, é uma abordagem positiva e inclusiva.

 

6. Preconceito de interseccionalidade: As mulheres enfrentam diferentes tipos de discriminação baseados na raça, orientação sexual, deficiência e outros aspectos da sua identidade, que se sobrepõem à sua experiência. Afirmar que as mulheres com deficiência ou outras características de identidade recebem “tratamento especial”, não é aceitável.

Realizado entre Maio e Junho de 2022, o estudo Insights sobre Sustentabilidade da Michael Page inquiriu 4755 trabalhadores e candidatos a emprego em toda a Europa Continental.

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