Zurich. Uma abordagem consciente, humana, próxima e eficaz

Na Zurich, a protecção e gestão de risco estão no cerne da sua actividade, por isso, não é de estranhar que a resposta aos principais desafios da Gestão de Pessoas tenha como base «uma abordagem mais consciente, humana, próxima e eficaz». E isso traduz-se em vários âmbitos.

 

Por Tânia Reis

 

Com 150 anos de história, o Zurich Insurance Group celebra este ano o 105.º aniversário em Portugal. Além do conhecimento do mercado, a «capacidade de adaptação e aprendizagem perante a mudança e uma vontade constante de inovar» são os facotres que têm permitido manter o sucesso da seguradora ao longo do tempo, acredita o director de Recursos Humanos, Nuno Oliveira.

A comprová-lo está todo o trabalho desenvolvido recentemente, como o modelo híbrido, que «surgiu precisamente como forma de fomentar ainda mais a autonomia, criatividade e inovação, promovendo um melhor equilíbrio entre vida pessoal, familiar e profissional aos colaboradores», decisão que contou com o envolvimento de todas as pessoas.

Integrado numa estratégia de sustentabilidade transversal, caminho que já não vem de agora, está o mais recente projecto concebido sob as práticas sustentáveis mais avançadas – o LiZboa. Trata-se de «uma das maiores e mais agregadoras apostas da Zurich», que permite concentrar os colaboradores de Lisboa num único espaço promotor do espírito colaborativo e focado no bem-estar de todos.

Em 2021, a seguradora renovou os seus escritórios, um «processo tão transformacional » que «não foi feito de forma unidireccional», conta o responsável, partilhando que envolveram e avaliaram internamente a receptividade das suas pessoas. «Percebemos que 95% dos nossos colaboradores era favorável à adopção de um modelo híbrido.» O desafio seguinte foi criar esse modelo e renovar o espaço na Rua Barata Salgueiro, em Lisboa, para que se adequasse a esta mudança. E também aí ouviram os colaboradores.

Além de diversas zonas colaborativas, espaços sociais e de lazer, e uma zona de cafetaria com esplanada exterior, os renovados escritórios contam com sala de amamentação e repouso, uma sala polivalente para actividades desportivas e culturais, e ainda balneários.

 

Flexibilidade na ordem do dia
Com mais de 500 colaboradores – em 16 escritórios próprios –, divididos por cinco nacionalidades, a média de idades na Zurich ronda os 46 anos, e a equipa aproxima-se do equilíbrio de género (53% de homens e 47% de mulheres). «Acreditamos que é na diversidade e convivência entre gerações, e na aprendizagem mútua entre diferentes capacidades e experiências de vida que se conseguem os melhores resultados», afirma Nuno Oliveira.

A Gestão de Pessoas prioriza também outras áreas, como benefícios, bem-estar e felicidade, e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. A resposta aos desafios históricos nesta área, como a construção de equipas produtivas, atracção e retenção de talento, faz-se através de «uma abordagem mais consciente, humana, próxima e eficaz». E flexível. Pois se «nas gerações dos nossos avós ainda era comum a ideia do “emprego para a vida”, para as gerações actuais e mais novas, flexibilidade e capacidade de adaptação são agora as palavras de ordem. O que é interessante é ver como cada vez mais se percebe que essa flexibilidade não pode ser sinónimo de instabilidade», ressalva, considerando «imperativo assegurar um ambiente de trabalho próspero, que mitigue o risco de cenários de alta rotatividade e destabilização da produtividade das equipas. E é aqui que o reforço da atenção ao bem-estar, nas suas diferentes vertentes, se torna decisivo.»

O modelo flexível da Zurich, com uma «política assente em recomendações, em vez de regras concretas», prevê, em média, três dias por semana em casa e dois no escritório. Os colaboradores agendam a sua ida ao escritório através da app One Zurich e os postos de trabalho individuais têm uma política de clean e hot desk, isto é, «são partilhados por vários colaboradores, em dias diferentes. Cada colaborador tem um cacifo próprio, onde guarda os seus pertences de dia para dia», explica.

Desde o primeiro momento, o feedback por parte dos colaboradores, incluindo dos mais recentes, tem sido «bastante positivo». O questionário de avaliação interno permitiu aferir que 93% dos colaboradores estão «muito satisfeitos com os novos espaços e com a adopção do modelo híbrido», realçando «a modernidade, o design, o conforto e a inovação» dos locais de trabalho.

Para Nuno Oliveira, estes resultados demonstram que os colaboradores «valorizam muito a possibilidade de poderem desenvolver trabalho sob um modelo que promove um maior equilíbrio entre a sua vida pessoal, familiar e profissional». E mostram que é possível fazer isto fomentando, simultaneamente, a coesão entre pessoas e equipas no seio da organização.

Se dúvidas havia de que o modelo híbrido iria ter ou não impacto na cultura organizacional e no espírito e dinâmica das equipas, «a verdade é que a cultura e o espírito de equipa estão relacionados não com o local onde nos sentamos, mas na forma como colaboramos e nos relacionamos uns com os outros», defende Nuno Oliveira. Actualmente, ir ao escritório é «também um momento social» e, por isso, a seguradora aproveitou a oportunidade de ter espaços sociais e colaborativos variados para promover a interacção dos colaboradores.

Apesar dos desafios do modelo híbrido, o gestor sente que «já estamos a viver uma fase de oportunidades», destacando o benefício do maior equilíbrio entre a vida pessoal, familiar e profissional como factor determinante para que as pessoas se sintam mais felizes, motivadas e, consequentemente, mais criativas e produtivas. «É esta dinâmica que nos vai trazer cada vez mais formas de inovar, mantendo os níveis de excelência que já temos.»

 

Bem-estar e desenvolvimento
Outra aposta da Zurich centra-se no tema do bem-estar dos colaboradores. Teve início em 2016, com uma clara noção de que, pertencendo ao sector segurador, «um negócio saudável é conduzido por pessoas que estão bem».

Foi desta consciência que nasceu a “Jornada de Saúde Mental e Bem-Estar”, com dois objectivos específicos: «garantir o bem-estar e a felicidade dos colaboradores e o equilíbrio entre a vida pessoal, familiar e profissional». Para os concretizar, foi criado o PAC – Programa de Apoio aos Colaboradores, que permitia o acesso a profissionais qualificados que dão suporte aos colaboradores e às suas famílias, nas vertentes pessoal e de desenvolvimento, jurídica, financeira e, mais recentemente, riscos psicossociais.

 

Leia o artigo na íntegra na edição de Fevereiro (nº. 146) da Human Resources, nas bancas.

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