
40% da Geração Z e Millennials sairiam de uma empresa por este motivo específico
Em plena campanha eleitoral norte-americana, um inquérito da Even/Harris Poll vem mostrar que os colaboradores ficam especialmente desconfortáveis quando os colegas falam sobre política numa reunião de negócios, reporta o HR Dive.
De acordo com um inquérito online realizado recentemente pela Even e pela Harris Poll, a maioria dos colaboradores (63%) preocupa-se “ligeiramente” com a política e cerca de um terço (35%) admite debater abertamente política no trabalho.
Contudo, há limites bem definidos, especialmente no que diz respeito às reuniões de trabalho. Mais de metade (54%) dos 1141 adultos norte-americanos inquiridos disseram sentir-se desconfortáveis com as conversas políticas durante as reuniões, informou a Even numa análise publicada em meados deste mês.
Os empregadores devem estas preocupações para reduzir potenciais problemas de desempenho e engagement, alertou a Even, já que 34% dos colaboradores acreditam que as discussões políticas tiveram um impacto negativo no moral da equipa.
A retenção também é um problema. Quase 40% dos trabalhadores da Geração Z e da geração Y (com idades entre os 18 e os 34 anos) disseram que deixariam um emprego devido a diferenças políticas no trabalho, e 40% sairiam se o seu CEO expressasse opiniões políticas das quais discordam.
Ainda assim, os colaboradores querem sentir-se politicamente compatíveis com a organização para a qual trabalham. Seis em cada 10 trabalhadores preferem empregos em empresas com CEO politicamente alinhados, revelou o inquérito. Este número sobe para 66% entre os recém-licenciados e 71% nos homens entre os 18 e os 34 anos.
Curiosamente, 42% dos respondentes afirmaram que a empresa ou liderança corporativa está especificamente alinhada com uma vertente política, e o cenário é mais comum entre a Geração Z e os Millennials.
Quando as divergências políticas chegam ao local de trabalho, os empregadores querem estar preparados, observou a advogada Holly Goodman ao HR Dive. As políticas da empresa podem abordar o tema, desde que incluam excepções apropriadas para actividades protegidas pela lei em vigor.
Mas mesmo com políticas devidamente adaptadas, não é realista esperar que os colaboradores ignorem os acontecimentos actuais e deixem de falar sobre temas políticos, considera Goodman e sugere que as chefias e lideranças intermédias recebam formação sobre como identificar e gerir potenciais conflitos antes que estes se agravem.