5 conclusões sobre o futuro do trabalho

A publicação britânica The Economist organizou uma conferência, em Londres, para discutir o futuro do trabalho e o que isso significa para a Gestão de Pessoas. Deixamos aqui 5 conclusões do debate:

O aumento dos salários originam produtividade?

O aumento do salário de um colaborador está, na maioria das vezes, dependente da melhoria de produtividade do mesmo. No entanto, durante a iniciativa, concluiu-se que o caminho é exactamente o oposto. O aumento do salário provoca altos níveis de produtividade. Por isso, se os líderes pretendem aumentar a produtividade, concentração e o compromisso, uma das vias é aumentar desde logo os ordenados e não esperar que as coisas aconteçam por si só.

Recursos Humanos devem concentrar-se na requalificação

Este aspecto foi abordado pelo director para o emprego, trabalho e assuntos sociais da OCDE, Stefano Scarpetta, que explicou que é cada vez mais importante proporcionar aos colaboradores a possibilidade de expandir as suas competências, principalmente, ao nível das tecnologias disponíveis actualmente. Isto é, vai ser cada vez mais necessário estimular a aprendizagem e a formação de todos os colaboradores, de cima para baixo.

Racionalidade em relação à automatização

O editor do The Economist e Scarpetta concordaram que se tem extrapolado e exagerado na discussão em relação à automatização do trabalho. O dirigente da OCDE diz mesmo que apenas 10% dos empregos estão em risco de sofrerem uma automatização completa nos próximos 10 a 20 anos, e não 47% que tem sido referido muitas vezes nos últimos tempos.

No entanto, a opinião é a que a automatização vai alterar e muito a vida dos colaboradores, mas não vai terminar com os papéis e trabalhos de cada um. A pergunta que se deve colocar agora é se estas pessoas estão preparadas para a mudança.

Enfrentar a mudança de outra forma

Clare Moncrieff, principal conselheira Executiva da CEB, diz que a maioria das organizações ficam sobrecarregadas quando as mudanças chegam. Mais do que isso, segundo o último estudo da CEB, 50% das organizações admitiram que o seu último projecto de alterações foi um completo falhanço. Ora, Moncrieff aponta dois factores fundamentais quando se decidir avançar para algum tipo de mudança no seio da empresa: permitir que os colaboradores se envolvam na implementação das alterações e a comunicação deve conversar em vez de transmitir a informação sem escutar.

Os Millennials não são assim tão diferentes

O que é que os Millennials querem? Esta resposta tem dado a volta à cabeça a muitos líderes pelo mundo fora. No entanto, durante o evento, foi citada uma resposta simples: o mesmo que os pais deles – um bom salário e uma segurança laboral razoável. Jean Oelwan, presidente da Virgin Unite, foi mais longe e explicou que todos os colaboradores necessitam de uma abordagem diferente, e não apenas os mais novos. Todos os colaboradores querem flexibilidade e respeito, deixando a pergunta: «Estamos a tratar as pessoas como seres humanos?»

Fonte: HR Magazine

 

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