«Muito ainda temos a fazer no que respeita aos resultados financeiros», diz o director | Professionals, da Randstad

No comentário aos resultados do XXX Barómetro Human Resources, Nuno Troni, director – Professionals, Outplacement, Human Consulting, R.P.O. na Randstad Portugal alertou que, «sendo verdade que se conseguiu gerir e garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, muito ainda temos a fazer no que respeita a produtividade e resultados financeiros».

 

«A análise do XXX Barómetro da Human Resources revela alguns dados particularmente preocupantes para o futuro da nossa economia, especialmente ao nível do emprego. Uma percentagem significativa das empresas afirma estar preparada (27%) para lidar com a crise provocada pela COVID-19, mas estimam que o impacto provocado não só vai ser muito significativo, como perdurará por um período alargado. Afirmam que conseguiram conceber planos de emergência para lidar com a crise, mas o que a realidade nos tem mostrado é que, sendo verdade que se conseguiu gerir e garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, muito ainda temos a fazer no que respeita a produtividade e resultados financeiros. Já no que respeita à gestão da workforce, os números são assustadores, com 82,8% das empresas a manifestarem intenção de desistir dos processos de contratação que estavam em curso ou a diminuir o número de colaboradores. Pela análise destes resultados, vamos ter de nos habituar a lidar com um cenário totalmente novo, com pontos positivos e negativos. Pela positiva, o teletrabalho, com ganhos evidentes de qualidade de vida, de produtividade, de tempo, de custos e até ambientais. Pelo lado negativo, um impacto no PIB sem precedentes, com empresas com pouca capacidade de investimento, diminuição dos índices de confiança e, acima de tudo, um desemprego galopante que poderá atingir níveis recorde.»

Este testemunho foi publicado na edição de Maio da Human Resources, no âmbito da XXX edição do seu Barómetro.