
Mais de 5500 trabalhadores saíram dos principais bancos nos últimos cinco anos
Mais de 5500 trabalhadores saíram dos principais bancos a operar em Portugal entre 2014 e 2019, e quase mil agências fecharam, segundo contas feitas pela Lusa a partir dos relatórios e contas anuais.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) reduziu em 2152 o número de trabalhadores entre final de 2014 (quando tinha 8858) e o final de 2019 (6706 trabalhadores) e o Millennium BCP diminuiu os seus colaboradores em Portugal em 591 (ao passar de 7795 em 2014 para 7204 em 2019).
Já do Novo Banco saíram 2184 funcionários entre final de 2014 (6832) e final de 2019 (4648).
Do BPI saíram 1122 pessoas entre 2014 (5962) e 2019 (4840).
No Montepio, os trabalhadores eram 4032 no fim de 2014 e no final de 2019 eram 3724, uma redução de 308.
O Crédito Agrícola (SICAM) reduziu 50 trabalhadores, tinha 3776 trabalhadores em 2014 e passou a 3726 em 2019.
Ao contrário, o Santander Totta aumentou os trabalhadores em 864 para 6145 no final de 2019. Contudo, há que ter em conta que este banco ficou com parte da actividade bancária do Banif em 2015 e com o Banco Popular Portugal em 2017 (no âmbito das resoluções de ambos os bancos).
Quanto a agências, a CGD Portugal fechou 216 entre 2014 e 2019, tendo 570 no final do ano passado (entre agências presenciais e centros de empresas), enquanto o BCP reduziu a rede em 190 sucursais, tendo 505 no final de 2019.
O Novo Banco foi o que reduziu mais agências – 256 – ao passar de 631 em 2014 para 375 em 2019.
As agências reduzidas pelo BPI ascenderam a 172 entre fim de 2014 e 2019, terminando o ano passado com 477 sucursais (incluindo agências, centros de empresas).
O banco Montepio passou de 436 no final de 2014 para 332 em 2019, ou seja, menos 104.
No grupo Crédito Agrícola, a redução foi menor, as agências passaram de 683 em 2014 para 653, menos 30.
No total, fecharam 988 agências bancárias entre 2014 e 2019.
Quanto a trabalhadores, saíram 5543 dos sete principais bancos de retalho que operam em Portugal (que se somam aos milhares que já tinham saído em 2012, 2013 e 2014).
Os números até ao momento são, contudo, ainda maiores, uma vez que houve fechos de sucursais e saídas de pessoal também no primeiro semestre deste ano (ainda que não tenha sido dos períodos mais fortes de encerramentos de balcões e de saída de pessoal).