O que leva um profissional a mudar de carreira dentro da própria empresa? E como o fazer? Descubra como, na primeira pessoa

As empresas e os profissionais têm necessidade de acompanhar, além das evoluções tecnológicas, todos os desafios que o mercado de trabalho apresenta, como o acumular de funções, a extinção de postos de trabalho e a escassez de oportunidades. É muito comum os profissionais sentirem necessidade de se reinventar. Mas como o fazer? Algo que tem vindo a ganhar espaço dentro das empresas e a atenção dos trabalhadores é a mudança de carreiras dentro da mesma organização. Este é o caso de Carina Silva, actualmente Product Visionary da Critical TechWorks.

Por Sandra M. Pinto

 

Tendo ingressado na área de gestão de projetos da Critical TechWorks, Carina Silva rapidamente percebeu que queria mais. A vontade de mudar e de crescer profissionalmente fê-la querer mudar de carreira. Mas porque não fazê-lo dentro da própria organização onde já estava integrada? Em conversa com a Human Resources, Carina revela os motivos e as dificuldades pelas quais passou neste processo de mudança

 

Qual é o seu background académico?
Iniciei o meu percurso académico no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, no qual frequentei a licenciatura em Business Communication. Posteriormente, fiz um mestrado em Humanitarian Action, Cooperation and
Development na Universidade Fernando Pessoa e, mais recentemente, realizei uma Pósgraduação em Project Management na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico do Porto.

Porque escolheu fazer carreira na Critical TechWorks?
A Critical TechWorks é uma empresa que dá oportunidade aos seus colaboradores. Vi acontecer com diversos colegas ao longo destes dois anos: sempre que havia interesse e motivação para mudar e aprender, a Critical TechWorks investia nos seus colaboradores e a dava o voto de confiança. Nesse sentido, preferi aprender e crescer profissionalmente num ambiente que eu sabia que me proporcionaria as condições certas para tal, ao invés de procurar um novo emprego numa outra empresa que poderia não me dar as mesmas garantias.

Quando entrou para a empresa?
Comecei a exercer funções na Critical TechWorks em Fevereiro de 2019.

Como decorreu o processo de recrutamento?
O processo de recrutamento aconteceu em duas fases: inicialmente houve uma entrevista onde as minhas experiências profissionais foram o principal foco; posteriormente voltei à Critical TechWorks para uma segunda entrevista mais técnica
no sentido de avaliar os meu conhecimentos e competências em Gestão de Projetos e onde teria aplicado os mesmos em experiências profissionais anteriores.

Que posição foi ocupar e porque se candidatou a essa especificamente?
Ingressei na área de gestão de projectos da Critical Software, na qual era responsável pelo suporte administrativo e financeiro em duas das unidades. Candidatei-me a este cargo porque já trabalhava na área de gestão de projectos e pretendia continuar. No entanto, estava há algum tempo no sector do Ensino Superior e queria um ambiente mais dinâmico onde todos os dias o desafio fosse diferente. A Critical TechWorks pareceu-me, desde início, que iria responder a essa minha necessidade.

De que forma é que a actividade da empresa, fora dessa função inicial, despertou a sua atenção e porquê?
Desde que estou na Critical TechWorks, que interajo com pessoas com diferentes conhecimentos, experiências e histórias, que me geraram algum interesse em conhecer outras áreas. Com o evoluir da posição em que estava inicialmente, percebi que queria participar activamente na criação de um produto e que o que estava a fazer não me levaria nesse sentido. Senti-me pronta para abraçar um novo desafio, pelo que procurei formações e interagi com colegas para saber mais e assim confirmar a minha decisão e poder anunciar a minha intenção de mudança de função.

O que motivou a mudança de carreira?
Estava há algum tempo a trabalhar na área financeira da gestão de projectos e sentia-me desafiada e expectante com a ideia de mudar de funções e objectivos e fazer parte de outras equipas dentro da Critical TechWorks. Isto, conjugado com as oportunidades e abertura da empresa para fazer essa mudança, levou-me a procurar adquirir novos conhecimentos.

Colocou a si próprias questões como, “que desafios estou apta a enfrentar”, ou “onde quero chegar com esta mudança”?
Sempre tive consciência que poderia enfrentar algumas dificuldades, particularmente na vertente mais técnica da função já que esse não é o meu background. No entanto, não achei que esse fosse motivo suficiente para justificar uma estagnação.
Adicionalmente, com a mudança de posição para Product Visionary, queria contribuir para a criação de um produto que pudesse ver a ser utilizado no futuro e perceber que o meu trabalho teria impacto.

De que forma se processou a mudança de carreira?
Desde 2016 que estou a trabalhar em gestão de projectos, particularmente na área administrativa/financeira. Com a entrada na Critical TechWorks foi aberta a porta para o mundo da tecnologia onde eu passei a ter oportunidade de aprender mais sobre esta área e assim adquirir algum conhecimento técnico. Quando comecei a achar que estava pronta para um novo desafio, comecei a fazer formações, assistir a workshops, ler e estudar sobre a posição. Discuti as funções com outros colaboradores, tentei de todas as formas, que vi disponíveis, aumentar o meu conhecimento. Dentro da Critical TechWorks, sempre houve abertura para esta mudança e, assim que comuniquei esta vontade, fui logo inserida numa nova equipa e desafiada a aprender enquanto desempenho as novas funções.

Ao nível da requalificação como se processou?
Para proceder à mudança de carreira tive várias formações internas e externas, entre elas uma Certificação em Product Owner que decidir obter aquando surgiu o meu interesse nesta área.

E como regiram os seus líderes a essa mudança de carreira?
A equipa de gestão da Critical TechWorks foi totalmente receptiva e prestável quando os informei da minha intenção e garantiram que tinha todo o apoio e condições necessárias para poder adquirir competências que facilitassem a mudança e o desempenhar das novas funções.

Houve total abertura da organização para aceitar essa mudança?
Sim, a Critical TechWorks aceitou de imediato a minha intenção de mudança e ajudou-me a concretizá-la.

Na sua perspetiva que vantagens existem para a empresa com mudanças de carreira internas como aconteceu consigo?
Quando uma empresa recruta alguém é porque acredita nas suas valências. Posto isto, acho que é mais vantajoso apoiar os colaboradores na mudança de carreira, uma vez que isso permite preservar a relação que já têm com a empresa e a sua cultura, garantir que as equipas possuem elementos flexíveis, multifacetados e dispostos a crescer e adaptar-se às circunstâncias.

No fundo, a organização acaba por ter colaboradores flexíveis… É isso importante numa empresa como a Critical TechWorks?
Sim, a flexibilidade é um aspecto importante na Critical TechWorks, sendo que, quando alguém entra na empresa não está limitado à sua função ou projecto se assim o desejar, podendo sempre abraçar novos desafios que lhes permite mudar e adaptar-se a outras funções ou projectos que possam surgir.

Que nova carreira escolheu seguir e o que lhe traz de mais gratificante?
Neste momento estou a desempenhar a função de Product Visionary – um cargo que considero mais gratificante e desafiante já que estou a trabalhar na criação de um produto que vejo ter grande impacto nos seus colaboradores. Adicionalmente, sou desafiada todos os dias a sair da minha zona de conforto e tenho oportunidade de aprender coisas novas com muita regularidade.

Quais os desafios que teve de enfrentar e de que forma os resolveu?
Os principais desafios que tive de enfrentar estavam assentes na falta de conhecimento técnico, algo que foi resolvido com o investimento na minha formação. Adicionalmente, estava a fazer praticamente o mesmo nos últimos 4 anos, pelo que abraçar uma nova função, perceber os meandros da mesma, sair da zona de conforto que tinha conseguido criar durante esse período foi algo novo para mim. Felizmente, a equipa com a qual comecei esta nova função recebeu-me muito bem o que permitiu ultrapassar facilmente esta dificuldade.

Porque não mudou de empresa?
O meu desejo de mudança de carreira não se devia à empresa, uma vez que me sinto integrada e identifico-me com a cultura e ambiente existente entre os colaboradores. Sentia-me muito feliz dentro da empresa, pelo que até seria um ponto negativo se tivesse de escolher entre mudar de carreira ou ficar na mesma empresa. Fiquei, por isso, muito entusiasmada e grata quando verifiquei que a Critical TechWorks proporciona aos seus colaboradores as oportunidades e condições para que cada um encontre o seu caminho.

Que conselho gostaria de deixar a quem deseja mudar de carreira dentro da empresa?
A Critical TechWorks não se preocupa apenas com os seus objectivos enquanto empresa, mas também, e em grande parte, com os seus colaboradores e com o respeito e encontro com as suas expectativas. Esta preocupação é visível desde o primeiro dia e é colocada em prática por todas as pessoas diariamente, pois há a certeza de que todos ficam a ganhar com o crescimento e desenvolvimento de cada um dentro da empresa.
Assim, a todos os que se identificam com a cultura, a missão e os valores da Critical TechWorks, mas questionam se estão na carreira certa, acredito que vale a pena conversar com as equipas internamente antes de decidir que uma mudança de rumo implicaria, necessariamente, uma mudança de empresa.

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