O regresso ao escritório não tornará os colaboradores mais produtivos, comprova estudo da McKinsey

Um estudo da McKinsey não encontrou “nenhum vencedor claro” entre os modelos de trabalho remoto, híbrido e presencial, revela a Quartz.

 

À medida que os CEO de grandes empresas como a Amazon e a JPMorgan Chase chamam os seus colaboradores de volta ao escritório a tempo inteiro, todos parecem ter uma explicação comum: estão a fazê-lo por uma questão de produtividade. Um novo estudo da consultora McKinsey vem contestar essa afirmação.

Os executivos parecem acreditar que o trabalho remoto torna os colaboradores mais preguiçosos. Mas a McKinsey descobriu que a produtividade no local de trabalho tem pouco a ver com o local onde os colaboradores realizam o seu trabalho.

«Não há um vencedor claro quando se trata de um modelo de trabalho que proporciona um elevado nível de experiência e produtividade aos colaboradores», afirmou a empresa num novo estudo.

Esta notícia é provavelmente bem-vinda para os profissionais de empresas como a Amazon e a JPMorgan, que têm tentado convencer os seus chefes a recuar nas regras de regresso ao escritório.

A McKinsey descobriu que «os trabalhadores presenciais, remotos e híbridos relatam níveis semelhantes de intenção de sair da empresa, burnout, esforço e satisfação».

«Este padrão verifica-se independentemente do género, embora existam pequenas diferenças entre gerações e estatuto de cuidador», acrescenta.

A McKinsey disse que os executivos que pensam que o regresso ao escritório será uma panaceia para os seus problemas de produtividade devem concentrar-se na «colaboração, conectividade, inovação, mentoria e desenvolvimento de competências». A consultora descobriu que estas cinco qualidades são essenciais para melhorar o desempenho no local de trabalho e fortalecer a saúde organizacional.

Apesar da descoberta, a McKinsey revela que a proporção de empresas que realiza principalmente trabalho presencial duplicou entre 2023 e 2024, à medida que as empresas continuam a chamar os seus trabalhadores de volta ao escritório. Também descobriu que mais de um em cada três profissionais está a planear deixar o seu emprego.

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