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Os empregos que serão criados pela inteligência artificial
Um estudo global descobriu várias categorias novas de empregos humanos, os quais exigirão competências e formação que surpreenderão muitas empresas.
Por H. James Wilson (managing director de investigação nas áreas de TI e Negócios na Accenture Research), Paul R. Daugherty (director de Tecnologia e Inovação da Accenture) e Nicola Morini-Bianzino (líder global de Inteligência Artificial na Accenture)
A ameaça de que a automatização irá eliminar uma vasta gama de empregos por todo o mundo está agora bem estabelecida. À medida que os sistemas de IA (inteligência artificial) se tornam mais sofisticados, outra vaga de alterações laborais irá certamente ocorrer. Pode ser um panorama angustiante. Mas há algo que está a ser menosprezado: muitos empregos novos também serão criados – empregos nada semelhantes àqueles que existem hoje.
No estudo global da Accenture PLC a mais de mil grandes empresas que já usam ou estão a testar a IA ou sistemas de aprendizagem das máquinas, identificámos o aparecimento de categorias inteiras de empregos novos e exclusivamente humanos. Estes cargos não estão a substituir cargos antigos. São diferentes, exigindo competências e formação sem precedentes.
Mais especificamente, a nossa pesquisa revela três novas categorias de negócios e empregos estimulados pela IA. Chamamos-lhes formadores, explicadores e suportes. Os humanos nesses papéis irão complementar as tarefas levadas a cabo pela tecnologia cognitiva, assegurando que o trabalho das máquinas é eficaz e responsável – e justo, transparente e auditável.
Empregos novos
– Formador de empatia: indivíduos que ensinam os sistemas de IA a mostrarem compaixão. O objectivo é colocar o sistema a ajudar as pessoas a ultrapassarem um problema ou uma situação difícil com a quantidade certa de compreensão, solidariedade e até algum humor.
– Analista forense: Quando um sistema comete um erro ou quando as suas decisões levam a consequências negativas imprevistas, deve fazer uma “autópsia” ao evento para compreender as causas desse comportamento, permitindo a sua correcção.
– Gestor de ética: ajudará a assegurar que os sistemas de IA estão a trabalhar adequadamente e que as consequências imprevistas são abordadas com a devida urgência, tendo um papel fundamental a controlar e ajudar a assegurar a operação adequada de sistemas avançados.
Leia o artigo na íntegra na edição de Janeiro da Human Resources.
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