Crise de competências penaliza economia em biliões de dólares

A menos que sejam adoptadas novas abordagens de aprendizagem, o fracasso em acabar com a disparidade de competências pode penalizar o crescimento económico em 11,5 biliões de dólares.  É o que revela o estudo “It’s Learning. Just Not As We Know It”, da Accenture, que avança como se pode combater esta realidade. 

 

O relatório, publicado em colaboração com a G20 Young Entrepreneurs’ Alliance (G20 YEA), e que inclui uma análise que visa ajudar as organizações a avaliar a sua futura força de trabalho para preparar estratégias de qualificação, alerta que o potencial económico das tecnologias digitais está a ser colocado em risco por sistemas inadequados de educação e formação no trabalho.

Em média, das 14 economias contempladas, 51% do tempo laboral está sujeito a um potencial aumento à medida que as tecnologias inteligentes melhoram as competências dos colaboradores.

O raciocínio complexo, a criatividade, a inteligência sócioemocional e a percepção sensorial são aptidões que têm vindo a ganhar importância em quase todas as funções de trabalho. Prevê-se que, com a adopção de tecnologias inteligentes, tais competências ganhem ainda mais relevância.

De acordo com a Accenture, uma abordagem tripla para ajudar a resolver a crise de competências no trabalho:

Aceleração da aprendizagem experimental: implementação de uma variedade de técnicas, desde o design thinking às ferramentas de simulação para funções mais técnicas; nas escolas, proporcionar actividades baseadas em projectos de aprendizagem em equipa; e aplicar novas tecnologias como realidade virtual e inteligência artificial, de forma a tornar a aprendizagem mais envolvente e personalizada.

Mudança de foco das instituições para os indivíduos: os objectivos de formação e educação devem incentivar cada indivíduo a desenvolver uma combinação mais ampla de competências, em vez de apenas produzir um x número de formados em cursos específicos. Essa “mistura” deve incluir um foco no raciocínio complexo, criatividade e inteligência socio-emocional.

Capacitar colaboradores: os trabalhadores mais velhos, os menos qualificados, os que desempenham funções de trabalho manual e físico e em empresas mais pequenas, têm menos acesso a formações. A intervenção direccionada é necessária para orientar estes alunos num percurso de carreira e numa formação adequada. Os novos modelos de financiamento devem incentivar a uma aprendizagem ao longo da vida, como subsídios de apoio aos planos de formação pessoal.

Mais informações sobre o estudo aqui.

 

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