A aprendizagem com alavanca do sucesso organizacional em 2022

Por Valter Ferreira – Marketeer, Economista do território, Inovador e Especialista em cidades humanas e inteligente

Acho que todos nós já nos cruzamos nas redes sociais com um “meme” da conversa entre um CEO e um CFO, em que grosso modo, e de memória, o CFO afirma que os custos de formação são muito altos tendo em conta que o recurso pode abandonar a organização, ao que o CEO pergunta, “e qual é custo que representa se ficar e não o formarmos?”

E sinceramente, eu acho que esta é uma questão que todos os gestores devem fazer a si mesmos. Qual o custo da não aprendizagem de novas competências para a organização?

Se antes da pandemia a necessidade de se proceder a um scale-up nas competências das pessoas era palavra de ordem, esta nova realidade levantou o pano sobre uma série de problemas e de novas necessidades que importa encarar de frente e sem rodeios, se quisermos que a nossa organização consiga travar batalhas nos principais campos de ação.

Uma das graves deficiências que ganhou relevância durante a pandemia foi o fosso digital existente entre as varias gerações que coabitam no mesmo meio laboral, desde os baby bommers na casa dos 60/70 anos e a geração Z na casa dos 20 anos, ou seja, entre aqueles que preferem a estabilidade e a experiência e aqueles que valorizam a volatilidade própria da evolução tecnológica. Não podemos esquecer que a transformação digital não confina, e continua todos os dias, cada vez mais rápida e dessa forma a mudar a natureza das funções e consequentemente das competências e aptidões dos trabalhadores.

Com a certeza que recorrer ao mercado para recrutar pessoas com novas competências nem sempre é possível e muitas vezes, nem tão pouco é desejável, é então fundamental que as organizações criem as condições para que, transversalmente, as suas pessoas adquiram as competência e aptidões para assegurar sucessos individuais e coletivos num futuro… aliás, num presente em mudança.

Para que esta aprendizagem de novas competências possa funcionar como uma verdadeira alavanca para o sucesso organizacional, existem três áreas chaves em que importa que exista um verdadeiro investimento – Literacia digital, Sagacidade empresarial e Integridade digital.

Só dotando as nossas pessoas da capacidade de transformar dados em informação, e que com essas informações possam contribuir ativamente para a tomada de decisão fundamentada. Essa decisão será tão mais fundamentada quanto maior for a capacidade de o trabalhador absorver os valores, a visão e ao mesmo tempo quanto maior for o seu conhecimento do negócio onde a organização atua.

Só com este scale-up na capacidade de as organizações utilizarem a aprendizagem como uma automatização para serem organizações aprendentes, e assim estarem preparadas para este presente em mudança e este futuro cada vez mais difícil de traçar.

Ao escrever, estou ciente que não existem soluções milagrosas, e tenho plena consciência que a velocidade com que organizações e pessoas farão este scale-up das suas competências e aptidões está dependente das suas necessidades especificas, tanto das organizações como dos trabalhadores.

 

Ler Mais